A alavanca das concessões
A alavanca das concessões
Coluna veiculada em 17/9/2013 no Globo a Mais, vespertino digital voltado para assinantes que o leem em Ipad:
O governo agora realmente está interessado em dar impulso a novas
concessões na área de transportes e outros segmentos de
infraestrutura, pois percebeu, infelizmente com certo atraso, que tais
investimentos são capazes de alavancar a economia brasileira em uma
conjuntura que as outras molas propulsoras sofrem enorme desgaste.
Os investimentos em infraestrutura geram demanda por uma variada gama
de bens e serviços, empregando pessoas com variados graus de
qualificação profissional. E à medida que avançam proporcionam ganhos
de produtividade significativos para o conjunto da economia. Com
tantos aspectos positivos, fica difícil entender a razão da
resistência anterior dos atuais governantes em relação às concessões.
Além desse passado de preconceito político e ideológico, fatores
recentes também contribuem para que potenciais investidores se mostrem
desconfiados quanto às reais intenções dos governantes. No caso das
ferrovias, como atrair novos interessados se o governo vive ameaçando
os que já são concessionários, quando muitas das questões poderiam ser
resolvidas pelo entendimento? Que garantia de diálogo os futuros
concessionários (ou operadores) terão quando surgirem inevitáveis
problemas numa trajetória de longo prazo?
No caso das rodovias, o governo também trata o passado também com
visível má vontade, deixando no limbo ou arrastando por anos soluções
práticas para se superar os gargalos em estradas importantes. E com o
agravante do congelamento de tarifas e pedágios a cada ameaça de
manifestações.
O segredo do bom andamento das concessões é um equilíbrio nos
interesses das partes envolvidas: concessionarios, poder público e
usuários. As agências reguladoras deveriam exercer esse papel, mas
sofreram considerável desgaste no governo Lula e ainda não recuperaram
o prestígio e o respeito que tiveram nos seus primeiros anos de ação
mais autônoma e independente.
Ainda é possível recuperar o tempo perdido, mas o governo talvez tenha
de vencer as barreiras e preconceitos que criou para que as concessões
venham a ser um sucesso.
concessões na área de transportes e outros segmentos de
infraestrutura, pois percebeu, infelizmente com certo atraso, que tais
investimentos são capazes de alavancar a economia brasileira em uma
conjuntura que as outras molas propulsoras sofrem enorme desgaste.
Os investimentos em infraestrutura geram demanda por uma variada gama
de bens e serviços, empregando pessoas com variados graus de
qualificação profissional. E à medida que avançam proporcionam ganhos
de produtividade significativos para o conjunto da economia. Com
tantos aspectos positivos, fica difícil entender a razão da
resistência anterior dos atuais governantes em relação às concessões.
Além desse passado de preconceito político e ideológico, fatores
recentes também contribuem para que potenciais investidores se mostrem
desconfiados quanto às reais intenções dos governantes. No caso das
ferrovias, como atrair novos interessados se o governo vive ameaçando
os que já são concessionários, quando muitas das questões poderiam ser
resolvidas pelo entendimento? Que garantia de diálogo os futuros
concessionários (ou operadores) terão quando surgirem inevitáveis
problemas numa trajetória de longo prazo?
No caso das rodovias, o governo também trata o passado também com
visível má vontade, deixando no limbo ou arrastando por anos soluções
práticas para se superar os gargalos em estradas importantes. E com o
agravante do congelamento de tarifas e pedágios a cada ameaça de
manifestações.
O segredo do bom andamento das concessões é um equilíbrio nos
interesses das partes envolvidas: concessionarios, poder público e
usuários. As agências reguladoras deveriam exercer esse papel, mas
sofreram considerável desgaste no governo Lula e ainda não recuperaram
o prestígio e o respeito que tiveram nos seus primeiros anos de ação
mais autônoma e independente.
Ainda é possível recuperar o tempo perdido, mas o governo talvez tenha
de vencer as barreiras e preconceitos que criou para que as concessões
venham a ser um sucesso.
Comentários
Postar um comentário