A costa amalfitana (1)

A costa amalfitana (1)

POR GEORGE VIDOR
Ao meu roteiro de Roma, que no histórico do blog está no último mês de maio, junto agora uma outra sugestão para os que pretendem visitar essa região da Itália: a costa amalfitana, considerada uma das mais bonitas da Europa. Saindo de Roma pela principal auto-estrada em direção ao Sul, chega-se à costa amalfitana em duas ou três horas, no máximo. Uma opção é ir de avião ou trem até Nápolis, e de lá seguir de ônibus ou carro alugado para a costa. Em Sorrento, vários hotéis têm serviços regulares de traslado que buscam os hóspedes tanto no aeroporto como na estação ferroviária. Fui de carro, partindo de uma locadora próxima à célebre Via Veneto. Margeando a Vila Borghese, peguei a Via Salaria, que desemboca no grande anel rodoviário de Roma. Daí por diante é só seguir as indicações da auto-estrada Firenze-Nápoli (na direção da última, é claro). A estrada atravessa uma região do Lácio pouco explorada por turistas estrangeiros. O guia Michelin tem sugestões de restaurantes para algumas delas. No caminho está o Castelgandolfo, residência de verão do Papa. Ainda no Lácio, encontra-se o Monte Casino, palco de uma terrível batalha em 1944. Os alemães transformaram o mosteiro medieval em uma fortaleza que interrompeu o avanço das tropas aliadas para o Norte. Semanas de forte bombardeio fizeram a guarniçào se render, mas as muralhas do mosteiro acabaram ruindo. O mosteiro foi reconstruído e está aberto à visitação (fecha em horário de almoço). Casino é uma cidade com muitos hotéis e tem pequenos museus particulares com reminescências da famosa batalha, na qual teriam morrido mais de 30 mil soldados. Voltando à auto-estrada, a próxima parada deve ser Pompéia, contornando Nápolis pela auto-estrada (direção Salerno). Nem ouse entrar de carro em Nápolis, pois quem fez isso se arrependeu barbaramente (o trânsito é infernal, e mesmo quem está acostumado com as cidades brasileiras pode ficar apavorado). Nápolis tem atrações, mas se quiser visitá-la sugiro que vá e volte de barco, a partir de Sorrento (cerca de uma hora de viagem) com excursão ou táxi previamente contratados. Eu e minha mulher adoramos conhecer Pompéia. Grande parte do que foi encontrado nas escavações está em museus de Nápolis, mas ainda os afrescos que lá restam são interessantíssimos e dão bem idéia de como a cidade era rica. Nào fosse as escavações em Pompéia talvez não tivéssemos hoje informações tão detalhadas sobre a vida cotidiana dos antigos romanos, há mais de dois mil anos (Pompéia foi soterrada pela erupção do Veúvio no ano 79 Antes de Cristo). Pompéia fica ao meio da periferia de Nápolis e a infra-estrutura de acesso é precária. Não há grandes estacionamentos na entrada das ruínas. Se estiver com fome, opte por comer em um restaurante interno, que fica junto ao que sobrou do templo de Apolo. Como o tempo do viajante geralmente é curto, é bom entrar nas ruínas com roteiro pré-estabelecido (guias de turismo e mapas sáo venidos nas lojas de souvenir que ficam na entdada). Os pontos de atração estão concentrados em duas partes da cidade. O vulcão Vesúvio pode ser também visitado. Uma estrada estreuita leva vai a boca do vulcão (não fui lá); dizem que o chão é quente e por isso só se deve ir com calçado que tenha uma boa sola... A partir de Pompéia a melhor opção é Sorrento. A cidade predileta de Caruso (não o nosso Chico, cartunista aqui do Globo e cantor nas horas vagas, mas o famoso tenor) tem orgulho disso. No hotel cinco estrelas a suite que ele ficava está conservada, e podeser alugada por quem quiser estiver disposto a pagar algumas centenas de euros por uma noite. Sorrento tem um gracioso centro histórico, onde fábricas artesanaisis vendem o saboroso licor limoncello, biscoitos e um monte de coisas com sabor de limão, marca da região. Para comer, sugiro o restaurante Zi Antonio, em função do seu preço performance (mas há outros interessantes também). A combinação massa e pescados é a melhor pedida, e para beber peça vinho de Avelino, uma pequena cidade próxima a Nápolis. O vinho de Sorrento é o Lágrima de Cristo, que certamente não está entre os melhores da Itália. Para hospedagem, sugiro o Hotel Villa Maria, que fica quase ao fim da rua principal. Sorrento é o melhor ponto para se visitar Capri de barco, a viagem dura apenas meia hora e há muitas saídas (continua)

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