A trilha para o Corcovado está ótima

POR GEORGE VIDOR
A trilha para o Corcovado está ótima Minha quase nora australiana recebeu a visita do pai, vindo de Sydney, nesses dias. Já é a segunda vez que ele vem ao Brasil. Hoje pela manhã, para comemorar o início da primavera, meu filho levou o quase sogro, e eu os acompanhei, para conhecer a trilha que vai do Parque Lage ao Corcovado Trata-se de um caminho antigo, dos tempos coliniais, quando aquela região era ocupada por fazendas. É preciso ter algum preparo físico, pois do meio para o fim a trilha é íngreme, às vezes até exigindo apoio das mãos para subir com mais facilidade. Mas não se trata de um percurso perigoso, com precipícios e afins. A administração do Parque Nacional da Tijuca sinalizou bem a trilha anos atrás (setas vermelhas para a subida e amarelas para a descida, embora o melhor seja mesmo voltar de trenzinho ou de táxi) e toda ela está limpa e conservada. Pessoas com pouca experiência em trilhas não devem fazer essa aventura desacompanhadas. Nos dias de semana, o movimento é bem pequeno, mas nos sábados e domingos sempre há quem a percorra. A trilha só tem duas bifurcações, na sua parte inicial. Na primeira delas, é preciso pegar o caminho da esquerda (à direita, a trilha acaba dentro do próprio Parque Lage). Na segunda encruzilhada, a opção é pelaa direita (à esquerda o caminho vai dar nas ruas do alto do Jardim Botânico, bifurcando para as Paineiras). Passando por esses dois pontos não há mais possibilidade de erro. A trilha atravessa duas quedas dágua (que no verão podem se transformar em cachoeiras). A partir da segunda - um pouco mais da metade -, onde há uma parede e uma escada de pedras, ela se torna íngreme. É o lugar ideal para se refrescar e ganhar fôlego. Subindo devagar, percorre-se a trilha em duas horas. Quem tem mais preparo físico pode fazê-la em uma hora e meia, tranquilamente. No finalzinho sobe-se por uma pedra. Nada perigoso, mas para facilitar a subida, há uma corda que serve como apoio. A trilha termina na estrada de ferro do Corcovado. Percorre-se a linha férrea por uns duzentos metros e depois pega-se a estrada pavimentada. O acesso à estatua do Cristo Redentor agora tem elevadores e escadas rolantes. Espero que gostem da sugestão. Nosso amigo australiano adorou.

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