As obras no Hotel Glória

As obras no Hotel Glória

POR GEORGE VIDOR
Minha coluna de 9/4/2013 no Globo a Mais, a edição vespertina destinada aos assinates que a lêem nos tablets Ipad:
As companhias abertas do grupo Eike Batista estão sob cerrado no 
mercado de ações, numa fase ultraespeculativa. Como não tem bobo nesse 
mercado, supõe-se que na ponta dos compradores dessas ações, que têm 
desvalorizado quase todos os dias, alguém vislumbre a possibilidade de 
recuperação ou até de transferência de controle acionário (o que, 
nesse caso, estenderia aos minoritários o mesmo prêmio que seria pago 
ao sócio controlador). 
O grupo do empresário envolve também empresas não cotadas em bolsa, e 
uma delas está tocando simultaneamente vários projetos. Trata-se da 
REX, proprietário do Hotel Glória e e concessionária da Marina. 
O hotel está com 35% das obras concluídas. Pouco antes da Copa de 2014 
deve abrir em regime “soft” para atender hóspedes VIPs (o Glória terá 
três suites presidenciais, muitos apartamentos de luxo, 
estacionamento, heliponto), etc. No passado, o hotel fazia parte de 
uma área nobre da cidade, que foi se degradando com o passar dos anos. 
Ainda assim, restaram dessa época muitos prédios. O Glória pretende 
revitalizar toda a vizinhança, e nesses planos está a reabertura da 
escadaria que leva à igreja Glória do Outeiro, a mais disputada para 
casamentos no Rio. A ideia é que a igreja fique acessível também à 
visitação noturna, com iluminação e segurança apropriadas. A Praça do 
Russel poderá abrigar quiosques culturais, voltados para literatura, 
apresentações musicais mais sofsticadas, se a prefeitura aceitar a 
proposta de adoção do local, feita pelo hotel. 
Mas, enquanto as obras prosseguem no hotel, as da nova Marina da 
Glória aguardam liberação do Iphan, em Brasília, e do Inea (órgão de 
rpeservação ambiental do Estado do Rio). O projeto foi revisto para se 
compatibilziar com os condicionantes dos dois órgãos e realmente é bem 
interessante, porque transforma a Marina em um espaço de livre 
circulação.O que existe lá hoje uma instalação meio troncha, com vagas 
para pouco mais de 100 barcos, e sem acesso do público. A nova Marina 
poderá abrigar mais de 400 barcos. Para que fique pronta em tempo para 
as competições de vela nos Jogos Olímpicos de 2016, as obras terão de 
começar no segundo semestre deste ano. Enquanto aguarda a liberação 
das licenças, a REX espera contratar a construtura que será 
responsável pela obra. 
Como incorporadora, a REX e seus sócios lançará em junho um projeto 
imobiliário na região porturária. Os prédios residenciais desse 
empreendimento já estão sendo construídos, pois abrigarão inicialmente 
os árbitros e ampresa não credenciado nos Jogos Olímpicos. Serão cerca 
de mil apartamentos em quatro prédios e a venda será feita em junho 
preferencialmente para funciona´rios públicos municipais, que poderão 
ocupar os imóveis após os Jogos Olímpicos.

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