Boas novas no Galeão
Boas novas no Galeão
Coluna veiculada na edição de 26/11/2013 da revista digital O Globo a Mais, voltada para assinantes que a leem em tablets:
Nenhuma empreiteira brasileira é tão envolvida com aeroportos
(construção, ampliação
e modernização) como a do grupo Odebrecht. Então, não chegou a ser
surpresa o lance de R$ 19 bilhões dado pelo consórcio que arrematou o
direito de explorar o aeroporto do Galeão pelos próximos vinte e cinco
anos. O grupo Odebrecht já havia ficado de fora no leilões dos
aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. O Galeão era a última
chance de o grupo estar à frente de um dos grandes aeroportos
brasileiros.
O Galeão será uma importante vitrine para quem o gerenciar nos
próximos anos. Na Copa do Mundo de 2014, ainda estará sob
administração da Infraero, mas mesmo depois de concluído o campeonato
o Rio de Janeiro continuará sendo foco de atenções da mídia
internacional, o que se estenderá pelo menos até a realização dos
Jogos Olímpicos em agosto de 2016.
O aeroporto é o responsável pela primeira impressão da maioria dos
visitantes, venham eles do exterior ou de outras partes do Brasil. E
certamente hoje essa impressão não é das melhores. O Galeão é um
aeroporto desconfortável. Não há praticamente o que fazer enquanto se
aguarda o embarque ou desembarque. Enquanto em vários outros
aeroportos, inclusive dentro do Brasil, o passeio pelas lojas ajuda a
distrair e a relaxar, no Galeão o passageiro ou visitante só se dirige
às lojas se tiver uma demanda específica. Ainda assim, terá
dificuldade em localizar a de seu interesse. Ao passageiro de voo
internacional já embarcado só resta dar uma espiada no free shop e em
um número reduzido de outras lojas. E ai dele se chegar ao aeroporto
em cima do laço sem ter tido tempo de comer alguma coisa antes. Caso
não tenha acesso a alguma sala VIP das companhias aéreas (o que é o
caso da maioria dos passageiros) precisará se contentar com uma
refeição rápida meia bomba. após passar pelo controle de passaporte.
Nas áreas destinadas aos voos domésticos a situação não é diferente.
A chegada ou saída do aeroporto é confusa, seja para quem usa táxi,
transporte público ou automóvel próprio.
Muitas desses problemas poderão ser resolvidos por inciativas
meramente administrativas, embora, obviamente, investimentos urgentes
se façam necessários.
A questão do transporte terá uma considerável ajuda da prefeitura já
no primeiro semestre do ano que vem, quando o BRT Transcarioca
estiver em plena operação. Um novo hotel – investimento privado -
próximo ao aeroporto, facilitará a vida do viajante que precisar
esperar por uma conexão, assim como das tripulações.
No setor de cargas, se conseguir agilizar o desembaraço de
mercadorias, o Galeão poderá usufruir de parte do movimento
relacionado aos investimentos da indústria petrolífera no pré-sal. O
aeroporto é quase vizinho do parque tecnológico da Universidade
Federal do Rio de Janeiro.. E na questão da segurança também será
favorecido pela pacificação do complexo da Maré.
Há razões, assim, para o otimismo do grupo Odebrecht quanto ao futuro
do aeroporto internacional Antonio Carlos Jobim.
(construção, ampliação
e modernização) como a do grupo Odebrecht. Então, não chegou a ser
surpresa o lance de R$ 19 bilhões dado pelo consórcio que arrematou o
direito de explorar o aeroporto do Galeão pelos próximos vinte e cinco
anos. O grupo Odebrecht já havia ficado de fora no leilões dos
aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. O Galeão era a última
chance de o grupo estar à frente de um dos grandes aeroportos
brasileiros.
O Galeão será uma importante vitrine para quem o gerenciar nos
próximos anos. Na Copa do Mundo de 2014, ainda estará sob
administração da Infraero, mas mesmo depois de concluído o campeonato
o Rio de Janeiro continuará sendo foco de atenções da mídia
internacional, o que se estenderá pelo menos até a realização dos
Jogos Olímpicos em agosto de 2016.
O aeroporto é o responsável pela primeira impressão da maioria dos
visitantes, venham eles do exterior ou de outras partes do Brasil. E
certamente hoje essa impressão não é das melhores. O Galeão é um
aeroporto desconfortável. Não há praticamente o que fazer enquanto se
aguarda o embarque ou desembarque. Enquanto em vários outros
aeroportos, inclusive dentro do Brasil, o passeio pelas lojas ajuda a
distrair e a relaxar, no Galeão o passageiro ou visitante só se dirige
às lojas se tiver uma demanda específica. Ainda assim, terá
dificuldade em localizar a de seu interesse. Ao passageiro de voo
internacional já embarcado só resta dar uma espiada no free shop e em
um número reduzido de outras lojas. E ai dele se chegar ao aeroporto
em cima do laço sem ter tido tempo de comer alguma coisa antes. Caso
não tenha acesso a alguma sala VIP das companhias aéreas (o que é o
caso da maioria dos passageiros) precisará se contentar com uma
refeição rápida meia bomba. após passar pelo controle de passaporte.
Nas áreas destinadas aos voos domésticos a situação não é diferente.
A chegada ou saída do aeroporto é confusa, seja para quem usa táxi,
transporte público ou automóvel próprio.
Muitas desses problemas poderão ser resolvidos por inciativas
meramente administrativas, embora, obviamente, investimentos urgentes
se façam necessários.
A questão do transporte terá uma considerável ajuda da prefeitura já
no primeiro semestre do ano que vem, quando o BRT Transcarioca
estiver em plena operação. Um novo hotel – investimento privado -
próximo ao aeroporto, facilitará a vida do viajante que precisar
esperar por uma conexão, assim como das tripulações.
No setor de cargas, se conseguir agilizar o desembaraço de
mercadorias, o Galeão poderá usufruir de parte do movimento
relacionado aos investimentos da indústria petrolífera no pré-sal. O
aeroporto é quase vizinho do parque tecnológico da Universidade
Federal do Rio de Janeiro.. E na questão da segurança também será
favorecido pela pacificação do complexo da Maré.
Há razões, assim, para o otimismo do grupo Odebrecht quanto ao futuro
do aeroporto internacional Antonio Carlos Jobim.
Comentários
Postar um comentário