BS-500, ex-patinho feio
BS-500, ex-patinho feio
O antigo bloco BS-500, que foi rebatizado como Uruguá, andava meio esquecido depois das grandes descobertas da Petrobras na chamada camada do pré-sal na Bacia de Santos. Mas foi a partir das descobertas no BS-500 que a Petrobras encontrou os reservatórios de gás que serão conectados à plataforma de Mexilhão, em São Paulo, e se preparou para explorar os reservatórios gigantes do pré-sal.
O BS-500 tinha ficado para segundo plano, como um patinho feio, porque se trata de um reservtório com características complexas, com mais gás do que petróleo. No plano estratégico da Petrobras, aparece com capacidade para produzir 20 milhões de metros cúbicos por dia de gás (quase o mesmo que toda a Bacia de Campos produz atualmente), e algo entre 150 mil a 200 mil barris diários de petróleo. Trata-se então de um megacampo.
A mais nova descoberta feita pela Petrobras em Uruguá amplia a potencialidade do bloco. E o que antes parecia ser um grandes empecilho (distância da costa e tamanho da lâmina d'água) se tornou café pequeno, relativamente, diante dos desafios que serão enfrentados para se produzir no pré-sal. Uruguá está a 160 quilômetros da cidade do Rio, e os poços foram perfurados a uma lâmina d'água de 1.400 metros. O pré-sal está entre 200 e 350 qulômetros da costa, e a lâmina d'água é de mais de dois mil metros.
Para escoar a produção do pré-sal (óleo e gás) é bem possível que a Petrobras e seus parceiros criem uma espécie de cidade industrial flutuante no meio do caminho entre a costa e as plataformas. E essa infra-estrutura poderá ser aproveitada também na produção de Uruguá. Ao lado de uruguá está o bloco BS-4, onde a Shell também encontrou petróleo pesado anos atrás (mas ainda não bateu o martelo se vai produzir lá ou não).
Uma curiosidade, com o BS-500 entrando em atividade, os municípios do Rio, Niterói e Maricá se tornarão também produtores de óleo e gás.
Em termos de petróleo e gás, realmente não estamos mal.
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