Caipirinha de cachaça do RJ vence na Copa

Caipirinha de cachaça do RJ vence na Copa

POR GEORGE VIDOR
Coluna veiculada em 1/7/2014 na revista digital vespertina O Globo a Mais, dirigida a assinantes que a leem em tablets e smartphones:
A indústria brasileira deveria ter aproveitado mais a Copa do Mundo. 
Alguns segmentos sabiam que seria inevitável um aumento de consumo 
(bebidas, alimentos, aparelhos de TV) e se prepararam com devida 
antecedência. Estão sendo agora recompensados pelo planejamento e 
aposta na direção certa. 
Mas outros ficaram no vai não vai e quando perceberam que a Copa ia 
superar as expectativas pessimistas foi tarde demais.. É o caso das 
confecções e fabricantes de apetrechos desejados pelos torcedores. Os 
asiáticos se adiantaram, instruídos pelos importadores, e tomaram 
conta do mercado. 
Mas no consumo de bebidas houve também uma surpresa. Cerveja e chope 
são campeões nesse tipo de evento, porém as levas de turistas fizeram 
disparar o consumo de caipirinha no Rio de Janeiro, por exemplo. 
Não se sabe por qual razão bares e restaurantes não se preocupavam antes com 
a qualidade da cachaça usada na elaboração de seus drinques. Com isso, 
a cachaça foi sendo passando para trás na receita de caipirinha, e a 
vodca foi ocupando esse espaço. No entanto, assim como aconteceu com o 
café, multiplicaram-se no país os fabricantes de cachaça de mais 
qualidade. 
O Rio é atualmente o estado com mais cachaças certificadoas na 
categoria premium. É também o segundo maior exportador do produto. 
Bares e restaurantes de referência na cidade se renderam a essa 
realidade e passaram a selecionar a cachaça na elaboração de seus 
drinques. O resultado é que a cachaça, ao menos na Copa do Mundo, está 
superando a vodca na venda de caipirinha. 
Exemplos como esse deveriam ter sido a tônica na Copa do Mundo. É pena 
que o conjunto da indústria não tenha aproveitado mais o evento.

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