Era assim que os romanos chamavam essas duas regiões que visitei. Do Alentejo desci à Andalúzia para conhecer os pueblos blancos (nas montanhas ao Sul de Sevilha). São vilarejos encravados no meio das montanhas, e os que achei mais interessantes foram Guazalema e Zahara. Para chegar peguei a auto-estrada que liga Sevilha a Cadiz, mas depois descobri que já existe uma boa rodovia ligando Sevilha a Ronda, que encurta o caminho. Ronda é o ponto alto dos pueblos blancos, com seu magnífico parador nacional (o equivalente espanhol às pousadas portuiguesas). Uma ponte do século XVIII é a marca da cidade e o parador (cuja cozinha é recomendada pelos guias gastronômicos) fica de frente para ela. Há outros bons hotéis, como o São Gabriel, dentro da cidade velha, mais em conta do que o parador. A praça de touros de Ronda é uma das famosas da Espanha. Foi lá que o lendário Pedro Romero começou a tourear a pé, em vez de ficar em cima do cavalo. Os toureiros sonham em se apresentar pelo menos uma vez em Ronda, onde o estilo de tourear seria mais clássico do que o de Sevilha. Felizmente não estava na época das touradas e pude visitar a praça de touros sem ter de assistir alguma. Já vi uma vez em Madri e sofri pelo sacrifício do touro e pelo risco que o toureiro corre. Não pretendo passar de novo pela mesma experiência. De qualquer forma, é impressionante ver os bastidores da praça de touros de Ronda. A cidade tem bons restaurantes, como o do próprio parador, o El Escudero, o Pedro Romero. Retornei a Portugal entrando pelo Algarve, região que minha mulher tinha curiosidade em conhecer, embora já soubéssemos que é muito turística (ingleses, alemães, holandeses e suecos invadem o Algarve nos verões). Á área sofisticada do Algarve fica nas proximidades da Quinta do Lago, não muito distante de Faro, que é um grande centro comercial. A Armaçào da Pera, depois de Albufeira, reúne também bons hotéis. Como fica bem no meio do Algarve, Albufeira, tem a maior oferta de hotéis. Se passarem por lá, para comer sugiro o restaurante de peixes A Ruína, situado na praia principal do vilarejo. O Michelin recomenda com duas estrelas o restaurante do Villa Joya, na Praia da Galé. Não deu tempo para ir lá. Preferi ir até Silves, aldeia no interior do Algarve, muito interessante. Era dia de São Martinho e os moradores se preparavam para comer castanha e tomar aguapé (vinho queé quase um licor) e vinho novo. Comemos no restaurante Casa Velha uma feijoada de chocos (fruto do mar meio aparentado da lula), com rocambole de laranja e amêndoas (nham,nham!!) de sobremesa. Vinho de Pias (Alentejo) para acompanhar.
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