Deflação x Inflação
Deflação x Inflação
A China chegou a ser responsável por 40% do aumento da demanda por
matérias-primas e insumos básicos durante o período de crescimento
explosivo de sua economia. As cotações desses produtos atingiram
patamares inacreditáveis e durante alguns anos favoreceram várias
outras economias emergentes, como a do Brasil.
Embora a China tenha superado se tornado o maior importador de
petróleo, superando os Estados Unidos (que fizeram um movimento no
sentido inverso, ampliando sua produção interna graças ao
desenvolvimento de técnicas que possibilitaram a exploração de gás e
óleo não convencionais), a demanda pelo produto e outras
matérias-primas se estabilizou, enquanto a oferta não parou de
crescer, em função dos preços bem convidativos.
O ajuste dos preços, para baixo, acabou sendo repentino, e muito
forte, desencadeando um realinhamento de todas os demais insumos
básicos e matérias-primas.
Assim, o ambiente internacional deverá ser caracterizado por uma
deflação. É provável que os índices de preços nos Estados Unidos, este
ano, registrem uma queda de 1,5%, pois lá os combustíveis pesam muito
no bolso do consumidor. Mas não se trata de uma deflação causada por
encolhimento da demanda, como a que se observou na grande depressão
dos anos 1930, por exemplo, o fenômeno não chega a ser tão assustador.
Ao contrário, muitos analistas acreditam que a queda do petróleo abriu
espaço para que os consumidores voltem a comprar outros itens,
dinamizando a economia, estabelecendo assim um novo equilíbrio.
Enquanto o mundo se depara com a delação, no Brasil tivemos em janeiro
um dos mais elevados índices mensais de inflação. Parece outra
contradição, mas aqui a inflação está só agora incorporando uma conta
que já deveria ter sido quitada no passado. O momento para se promover
esse realinhamento é oportuno, exatamente porque lá de fora deve vir
uma onda de deflação, cabaz e anular o movimento de alta que a
"correção" inicial dos preços pode provocar.
Coluna veiculada na edição de 10/2/2015 da revista vespertina digital O Globo a Mais
matérias-primas e insumos básicos durante o período de crescimento
explosivo de sua economia. As cotações desses produtos atingiram
patamares inacreditáveis e durante alguns anos favoreceram várias
outras economias emergentes, como a do Brasil.
Embora a China tenha superado se tornado o maior importador de
petróleo, superando os Estados Unidos (que fizeram um movimento no
sentido inverso, ampliando sua produção interna graças ao
desenvolvimento de técnicas que possibilitaram a exploração de gás e
óleo não convencionais), a demanda pelo produto e outras
matérias-primas se estabilizou, enquanto a oferta não parou de
crescer, em função dos preços bem convidativos.
O ajuste dos preços, para baixo, acabou sendo repentino, e muito
forte, desencadeando um realinhamento de todas os demais insumos
básicos e matérias-primas.
Assim, o ambiente internacional deverá ser caracterizado por uma
deflação. É provável que os índices de preços nos Estados Unidos, este
ano, registrem uma queda de 1,5%, pois lá os combustíveis pesam muito
no bolso do consumidor. Mas não se trata de uma deflação causada por
encolhimento da demanda, como a que se observou na grande depressão
dos anos 1930, por exemplo, o fenômeno não chega a ser tão assustador.
Ao contrário, muitos analistas acreditam que a queda do petróleo abriu
espaço para que os consumidores voltem a comprar outros itens,
dinamizando a economia, estabelecendo assim um novo equilíbrio.
Enquanto o mundo se depara com a delação, no Brasil tivemos em janeiro
um dos mais elevados índices mensais de inflação. Parece outra
contradição, mas aqui a inflação está só agora incorporando uma conta
que já deveria ter sido quitada no passado. O momento para se promover
esse realinhamento é oportuno, exatamente porque lá de fora deve vir
uma onda de deflação, cabaz e anular o movimento de alta que a
"correção" inicial dos preços pode provocar.
Coluna veiculada na edição de 10/2/2015 da revista vespertina digital O Globo a Mais
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