Despoluição da Baía

Despoluição da Baía

POR GEORGE VIDOR
Coluna veiculada na regista digital O Globo a Mais (endereçada a assinantes que a leem em tablets e smarthpones) de 11/02/1014:
O engenheiro Wagner Victer, atual presidente da Cedae - companhia 
estadual concessionária dos serviços de água e esgotos em grande parte 
do Rio de Janeiro -, diz que é menos trabalhoso construir um novo 
sistema para coleta e tratamento de esgotos do que reconstruir outro 
que tenha sido mal planejado. Esse teria sido o caso da Estação da 
Pavuna, que em tese estava pronta há décadas e recentemente foi 
reinaugurada, atendendo bairros suburbanos cariocas e de parte da 
Baixada Fluminense (Duque de Caxias e São João do Meriti). 
Das estações capengas herdadas do programa de despoluição da Baía de 
Guanabara, falta operar, de fato, a de São Gonçalo, que Victer promete 
entregar em seis meses. Antes disso, em abril, entrará em 
funcionamento a Unidade Tratamento do Rio Irajá, que desagua no fundo 
da Baía. É uma técnica que divide opiniões de especialistas, mas que 
reúne muitos casos de sucesso. 
Cerca de 7 mil litros que eram lançados por segundo na Baía de 
Guanabara passaram a ser tratados. Quando todas as estações estiverem 
a plena carga, o que está previsto para acontecer em três anos, esse 
volume chegará a 16 mil litros por segundo. Se tal objetivo for 
realmente atingido, será um enorme avanço em relação a 2007, pois na 
época o volume de esgotos tratados no entorno da Baía não passava de 
dois mil litros por segundo. A maior estação é a da Alegria, no Caju. 
A de São Gonçalo também é de grande porte, pois receberá ainda os 
esgotos da Ilha de Paquetá, por meio de um duto submarino, cujas obras 
de lançamento já começaram. 
E, vez de atacar todas as obras ao mesmo tempo - uma das razões do 
fracasso do antigo programa de despoluição - a Cedae mudou sua 
estratégia, concentrando as obras em cada subsistema. Daí as estações 
estarem sendo reinauguradas uma a um, e não mais simultaneamente. 
A Baía de Guanabara merece. O Rio (e o Brasil, pois ela motivou a 
ocupação dessa parte do país) tem uma enorme dívida de gratidão com 
todo o ecossistema da Baía,

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