Economia contaminada pela política
Economia contaminada pela política
Coluna veiculada na edição vespertina digital do Globo a Mais, em 9/7/2013, para assinantes e leitura em tablets:
A política contaminou a economia. Os mercados entraram naquela fase
de compasso de espera, refletindo uma frustração quanto à trajetória
recente do país.
De fato há muitas questões não resolvidas na economia brasileira por
conta da interferência excessiva da política nas decisões
governamentais, devido à antecipação do “calendário” eleitoral.
Há preços desalinhados em setores importantes num momento em que a
inflação caminha pelo fio da navalha.
Os mercados têm dúvidas sobre a capacidade de a Petrobras mobilizar
recursos para todos seus investimentos e tal incerteza foi agravada
diante do primeiro leilão de uma grande área do pré-sal pelo regime de
partilha. Se o campo de Libra for leiloado pelo valor mínimo, a
Petrobras terá de forçosamente desembolsar R$ 4,5 bilhões como bônus
de assinatura. E isso se sua participação no consórcio vencedor se
limitar ao obrigatório (30%). O petróleo é uma das forças motrizes da
economia e por isso essa postura pessismista quanto à trajetória do
setor é desanimadora.
Reajustes de tarifas de serviços públicos ou aumentos de combustíveis
parecem estar fora de questão ao meio do atual onda de manifestações.
Mas a economia ainda tem condições de superar esse quadro delicado e
os eventos internacionais talvez sejam as âncoras desse processo. A
Copa das Confederações funcionou como pré-estreia e em breve será a
vez da Jornada Mundial da Juventude Católica. Em setembro, mais uma
edição do Rock in Rio. E no fim do ano efetivamente o país entrará em
clima de Copa do Mundo, com a definição das equipes que disputarão o
campeonato, distribuídas por chaves que nas etapas classificatórias
envolverão doze cidades-sede, de Norte a Sul.
O futebol é hoje o espetáculo esportivo de maior repercussão no
planeta. E o Brasil sediará em meados do ano que vem o top desse
espetáculo.
Se a economia brasileira for indiferente a tudo isso, nem santo
milagreiro conseguirá ajudar.
de compasso de espera, refletindo uma frustração quanto à trajetória
recente do país.
De fato há muitas questões não resolvidas na economia brasileira por
conta da interferência excessiva da política nas decisões
governamentais, devido à antecipação do “calendário” eleitoral.
Há preços desalinhados em setores importantes num momento em que a
inflação caminha pelo fio da navalha.
Os mercados têm dúvidas sobre a capacidade de a Petrobras mobilizar
recursos para todos seus investimentos e tal incerteza foi agravada
diante do primeiro leilão de uma grande área do pré-sal pelo regime de
partilha. Se o campo de Libra for leiloado pelo valor mínimo, a
Petrobras terá de forçosamente desembolsar R$ 4,5 bilhões como bônus
de assinatura. E isso se sua participação no consórcio vencedor se
limitar ao obrigatório (30%). O petróleo é uma das forças motrizes da
economia e por isso essa postura pessismista quanto à trajetória do
setor é desanimadora.
Reajustes de tarifas de serviços públicos ou aumentos de combustíveis
parecem estar fora de questão ao meio do atual onda de manifestações.
Mas a economia ainda tem condições de superar esse quadro delicado e
os eventos internacionais talvez sejam as âncoras desse processo. A
Copa das Confederações funcionou como pré-estreia e em breve será a
vez da Jornada Mundial da Juventude Católica. Em setembro, mais uma
edição do Rock in Rio. E no fim do ano efetivamente o país entrará em
clima de Copa do Mundo, com a definição das equipes que disputarão o
campeonato, distribuídas por chaves que nas etapas classificatórias
envolverão doze cidades-sede, de Norte a Sul.
O futebol é hoje o espetáculo esportivo de maior repercussão no
planeta. E o Brasil sediará em meados do ano que vem o top desse
espetáculo.
Se a economia brasileira for indiferente a tudo isso, nem santo
milagreiro conseguirá ajudar.
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