Economia muda em 2015
Economia muda em 2015
Coluna veiculada em 7/10/2014 na revista digital vespertina O Globo a Mais, dirigida a assinantes que a leem em tablets e smartphones:
Não foi só a economia, mas é muito provável que os resultados do
pleito presidencial no primeiro turno tenham sido de fato
influenciados pela atual conjuntura econômica. Como candidata à
releição, Dilma não pode reconhecer os equívocos da sua política
econômica sob pena de dar a cara a tapa para os opositores. No
entanto, se não fizer "ouvidos moucos" e se mostrar atenta ao que as
urnas "falaram", tratará de corrigir significativamente essa política.
Talvez quando se refira a um "governo novo, equipe nova" esteja dando
um sinal de que pretende mudar em um segundo mandato, caso saia
vitoriosa no próximo dia 26.
O candidato Aécio Neves, por sua vez, já se comprometeu com um ajuste
fiscal, para o qual escolheu Armínio Fraga, nome que ocupará o
Ministério da Fazenda na hipótese de vir a governar, para capitanear
esse esforço de repor as contas públicas em ordem. Armínio conhece bem
o mercado financeiro e também as limitações que os governantes têm, na
prática, para executar políticas ideais. Se vier mesmo a ocupar a
pasta da Fazenda, a tendência é que opte por um ajuste fiscal gradual,
e não por um tratamento de choque. Mas desde que isso fique claro para
os agentes econômicos, a iniciativa será capaz de mudar as
expectativas negativas hoje predominantes.
Assim, independentemente de quem sair vitorioso, o saldo das eleições
desde ano será positivo, por conta dessas inevitáveis mudanças na
economia a partir do ano que vem.
Ainda há tempo para se corrigir a trajetória das contas públicas, que,
se mantida, empurrará a economia para o desastre.
pleito presidencial no primeiro turno tenham sido de fato
influenciados pela atual conjuntura econômica. Como candidata à
releição, Dilma não pode reconhecer os equívocos da sua política
econômica sob pena de dar a cara a tapa para os opositores. No
entanto, se não fizer "ouvidos moucos" e se mostrar atenta ao que as
urnas "falaram", tratará de corrigir significativamente essa política.
Talvez quando se refira a um "governo novo, equipe nova" esteja dando
um sinal de que pretende mudar em um segundo mandato, caso saia
vitoriosa no próximo dia 26.
O candidato Aécio Neves, por sua vez, já se comprometeu com um ajuste
fiscal, para o qual escolheu Armínio Fraga, nome que ocupará o
Ministério da Fazenda na hipótese de vir a governar, para capitanear
esse esforço de repor as contas públicas em ordem. Armínio conhece bem
o mercado financeiro e também as limitações que os governantes têm, na
prática, para executar políticas ideais. Se vier mesmo a ocupar a
pasta da Fazenda, a tendência é que opte por um ajuste fiscal gradual,
e não por um tratamento de choque. Mas desde que isso fique claro para
os agentes econômicos, a iniciativa será capaz de mudar as
expectativas negativas hoje predominantes.
Assim, independentemente de quem sair vitorioso, o saldo das eleições
desde ano será positivo, por conta dessas inevitáveis mudanças na
economia a partir do ano que vem.
Ainda há tempo para se corrigir a trajetória das contas públicas, que,
se mantida, empurrará a economia para o desastre.
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