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Em euros, nem de bicicleta
Em euros, nem de bicicleta
Aproveitei os últimos feriados para tirar uma semana de férias. Tive a oportunidade de ir à França , e embora as previsões da metereologia não fossem muito boas, mantive a esperança de fazer um passeio longo de bicicleta pela ciclovia de uma região não muito turística do Eure, na Normandia, a uma hora e pouco de Paris. O escritório do Eure já havia me ionformado que nesta época do ano o tempo pode variar muito. E, de fato, chegando lá, a maioria dos pequenos hotéis sequer reabrira (no inverno quase todos fecham). A ciclovia dessa região do departamento do Eure acompanha o rio Risle, cujo vale vai ficando mais bonito à medida que se aproxima da foz (trecho entre Brionne e Port Audemer). Há uma outra ciclovia próxima, junto ao rio Charentonne, mas não tão interessante. A ciclovia passa por cidades pequenas, algumas delas até industriais. Então é uma opção apenas para quem quer dar uma pedalada mais longa em área próxima a Paris. Não cheguei a percorrer um centímetro da rota, porque o tempo se comportou exatamente como previra a metereologia, mas passei por ali de carro em direção Honfleur, cidade portuária muito charmosa localizada no estuário do Sena. A Ponte da Normandia liga Honfleur ao Porto do Havre e à região do Seine Maritimes (Etretat, Fecamp, Dieppe, etc). Se forem a Honfleur, não deixem de comer no L'Absynthe, restaurante da categoria gastronomique, mas com cardápio a preços razoáveis. À espera do tempo bom fui parar na Bretanha, ao sul de St. Malô e do Monte S. Michel. Cruzamos por uma meia dúzia de nórdicos andando de bicicleta. A Bretanha tem uma cultura própria, bem diferente do resto da França. É a terra das galletes e dos crepes. A marca das construções são as pedras escuras. O tempo começou a melhorar quando eu e milnha mulher já estávamos a caminho do Loire. Sempre achei a região do Loire demasiadamente turística e por isso, depois de fazer a primeira visita com o roteiro tradicional (castelos, etc.) só a usava para pernoite. Visão equivocada, por ignorância. No Loire está uma parte importante e instigante da história da França. Tem hoje vida própria, além do turismo. E proporciona ao visitante a oportunidade de se hospedar em castelos, pagando preços de hotéis. Os vinhos de Vouvray, Saumur, Chinon, o queijo de cabra da Touraine, valem a viagem. As ciclovias no Loire normalmente compartilham espaço com automóveis. Em várias cidades há locadoras de bicicletas. Amboise pode ser um bom ponto de partida para passeios curtos. Difícil mesmo é encarar o euro. A moeda única está valorizada demais e quem paga a conta em reais perde o fôlego diante dos preços. Até mesmo para quem quer só andar de bicicleta.
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