Energia nuclear, opção viável, mas esquecida
Energia nuclear, opção viável, mas esquecida
No mundo moderno nada funciona sem eletricidade. Este texto não
estaria sendo lido agora sem eletricidade, pois toda tecnologia da
informação que possibilita a existência de uma revista digital não
teria evoluída sem o acesso quase universal a esse tipo de energia.
O Brasil tem uma matriz elétrica que, até bem pouco tempo, era
invejável, à base de recursos hídricos, renováveis, e pouquíssimo
poluente. Na maioria os países, a eletricidade é de origem térmica, a
partir do vapor gerado pela combustão de carvão, gás, derivados do
petróleo, lenha, etc.
As mudanças climáticas mobilizam governos, empresas e centros em
pesquisa em busca de novas fontes renováveis que possibilitem a
geração de energia elétrica com baixa emissão de carbono. Usinas
eólicas e solares ganharam espaço, mas são insuficientes para atender
toda a demanda por energia.
Existe uma opção, de baixo carbono, que é desprezada por
ambientalistas e principalmente por questões geopolíticas: a energia
nuclear. Tais usinas ocupam áreas relativamente pequenas e têm todo
seu ciclo sob total controle e monitoramento. Mesmo os rejeitos de uma
usina nuclear podem ser armazenados e mantidos sob proteção humana.
No caso do Brasil, se no lugar das usinas térmicas convencionais
tivéssemos usinas nucleares com a mesma capacidade, o país estaria
hoje em situação mais cômoda, preservando os reservatórios das
hidrelétricas e com tarifas bem menos salgadas.
Usinas nucleares são pequenos vulcões com "erupções" administradas
pelo homem. Exigem tecnologia avançada e atenção com segurança
industrial multiplicada, pois acidentes podem ter consequências
graves. Em contrapartida, não contribuem para o aquecimento global e
podem atender a quase toda a demanda por eletricidade (na França,
respondem por 80% da geração).
Mesmo usada para fins pacíficos, a energia nuclear sempre está
associada à possibilidade de se produzir bombas com poder de
destruição do planeta e da humanidade. Não se trata de uma preocupação
desprezível, pois vivemos em um mundo louco. Pelo que se saiba, apenas
sete países contam com armamentos nucleares (Estados Unidos, Rússia,
França, Reino Unido, China,.índia e Paquistão). Se Israel tem esse
tipo de armamento, é ainda segredo, mas é possível que tenham
condições para vir a produzi-lo. Irã é certamente um candidato. Seja
como for, teme-se uma que uma proliferação desses armamentos
destruidores rompam o equilíbrio entre as potências nucleares e
desemboquem em uma guerra atômica.
Infelizmente essa ameaça impede que a opção da energia nuclear seja
analisada mais seriamente pelos que estão de fato preocupados com as
mudanças climáticas. Mas sem eletricidade a civilização também não
sobreviverá.
estaria sendo lido agora sem eletricidade, pois toda tecnologia da
informação que possibilita a existência de uma revista digital não
teria evoluída sem o acesso quase universal a esse tipo de energia.
O Brasil tem uma matriz elétrica que, até bem pouco tempo, era
invejável, à base de recursos hídricos, renováveis, e pouquíssimo
poluente. Na maioria os países, a eletricidade é de origem térmica, a
partir do vapor gerado pela combustão de carvão, gás, derivados do
petróleo, lenha, etc.
As mudanças climáticas mobilizam governos, empresas e centros em
pesquisa em busca de novas fontes renováveis que possibilitem a
geração de energia elétrica com baixa emissão de carbono. Usinas
eólicas e solares ganharam espaço, mas são insuficientes para atender
toda a demanda por energia.
Existe uma opção, de baixo carbono, que é desprezada por
ambientalistas e principalmente por questões geopolíticas: a energia
nuclear. Tais usinas ocupam áreas relativamente pequenas e têm todo
seu ciclo sob total controle e monitoramento. Mesmo os rejeitos de uma
usina nuclear podem ser armazenados e mantidos sob proteção humana.
No caso do Brasil, se no lugar das usinas térmicas convencionais
tivéssemos usinas nucleares com a mesma capacidade, o país estaria
hoje em situação mais cômoda, preservando os reservatórios das
hidrelétricas e com tarifas bem menos salgadas.
Usinas nucleares são pequenos vulcões com "erupções" administradas
pelo homem. Exigem tecnologia avançada e atenção com segurança
industrial multiplicada, pois acidentes podem ter consequências
graves. Em contrapartida, não contribuem para o aquecimento global e
podem atender a quase toda a demanda por eletricidade (na França,
respondem por 80% da geração).
Mesmo usada para fins pacíficos, a energia nuclear sempre está
associada à possibilidade de se produzir bombas com poder de
destruição do planeta e da humanidade. Não se trata de uma preocupação
desprezível, pois vivemos em um mundo louco. Pelo que se saiba, apenas
sete países contam com armamentos nucleares (Estados Unidos, Rússia,
França, Reino Unido, China,.índia e Paquistão). Se Israel tem esse
tipo de armamento, é ainda segredo, mas é possível que tenham
condições para vir a produzi-lo. Irã é certamente um candidato. Seja
como for, teme-se uma que uma proliferação desses armamentos
destruidores rompam o equilíbrio entre as potências nucleares e
desemboquem em uma guerra atômica.
Infelizmente essa ameaça impede que a opção da energia nuclear seja
analisada mais seriamente pelos que estão de fato preocupados com as
mudanças climáticas. Mas sem eletricidade a civilização também não
sobreviverá.
Coluna veiculada originalmente na revista vespertina digital O Globo a Mais de 10/3/2015
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