FMI: ser ou não ser
FMI: ser ou não ser O Fundo Monetário Internacional existe desde 1946 como decorrência prática do Acordo de Bretton Woods, firmado em 1944 (quando delegações de dezenas de países ficaram reunidas por mais de 40 dias no hotel Mount Washigton, nas White Mountains, estado de New Hampshire, Estados Unidos, para definir as regras monetárias internacionais que deveriam vigorar logo que a guerra terminasse). As duas propostas principais submetidas a debate (a americana, de Harry White, e a britânica, de Lord Keynes) tinham com pressuposto a idéia de que o mundo precisava de regras financeiras que contribuíssem para a paz. Na época, Estados Unidos e URSS ainda eram aliados,e do entendimento de Bretton Woods nasceu o FMI, com a função de socorrer países membros em crise temporária no balanço de pagamentos (contas externas). Até hoje é discutível se o FMI cumpriu bem a sua missão ou se sempre agiu com a visão dos países ricos, em especial os Estados Unidos. Como o Fundo nunca é acionado previamente, para evitar uma crise, mais sim para apagar o fogo quando as chamas já começam a se alastrar, o receituário do FMI na verdade só se aplica a economias em fases de ajustes agudos. Daí existir no próprio Fundo a dúvida se o o Brasil de fato deve fazer um novo acordo com a instituição. Tal acordo agora só teria sentido como uma medida de proteção prévia contra eventuais crises financeiras no exterior. Como gato escaldado, o Brasil não quer mais ser surpreendido por reviravoltas no mercado financeiro internacional. As opiniões sobre o Brasil deve ou não negociar um novo acordo com o FMI já não têm carga ideológica. Trata-se agora de uma questão prática, o que, aliás, está se tornando uma marca dos nossos governantes (dando a impressão de que há uma continuidade nas administrações FHC e Lula).
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