Juros básicos, consumo e racionamento

Juros básicos, consumo e racionamento

POR GEORGE VIDOR
Um comentário sobre a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), de 19/10. Como as taxas de juros nunca estiverem tão baixas em termos nominais - em termos reais continuam na estratosfera - as autoridades e os agentes econômicos estarão de olhos bem abertos para ver como os mercados consumidores e financeiros se comportam. Os dirigentes do Banco Central viraram gatos escaldados depois da primeira tentativa de baixar os juros, pois quando as taxas caíram para 16,5%, o consumo interno chegou a crescer a um ritmo de 9%. Por enquanto nada disso está acontecendo e é até provável que no ano que vem a economia brasileira continue a crescer em ritmo morno, repetindo um pouco o que aconteceu em 2006. Mas enquanto não se equacionar o fornecimento de energia elétrica para 2008 e 2009, talvez seja melhor que no ano que vem e em 2007 a economia não cresça mais do que 4%. Só assim o risco de racionamento estará afastado.

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