Juros: caminho de volta
Juros: caminho de volta
Há exatamente um ano, quando a inflação começava a acelerar, as taxas básicas de juros estavam em 11,25% (o patamar nominal mais baixo desde o lançamento do real). O Copom elevou seguidamente a taxa Selic de janeiro até setembro, quando, quatro dias antes de o Lehman Brothers implodir, deu uma tacada de 0,75 ponto percentual - fazendo com que os juros básicos atingissem o atual patamar de 13,75%.
Olhando pelo espelho retrovisor, pode-se discutir se as autoridades monetárias estavam vivendo no mundo da Lua ao não perceberem que uma tempestade internacional se aproximava. A favor do Copom, é preciso considerar que a economia brasileira estava crescendo ainda na ocasião a um ritmo insustentável (e os dados do IBGE relativos ao PIB do terceiro trimestre mostraram, pouco depois, que realmente em alguns segmentos - automóveis, por exemplo - a demanda estava enlouquecida) e que ninguém, naquele momento, acreditaria que a crise financeira chegaria a tal proporção. Entre os especialistas em projeções, o debate era se haveria um pouso forçado ou uma aterrissagem suave na economia americana...
Mas como não adianta chorar sobre o leite derramado, o jeito agora é corrigir a rota. No caso dos juros básicos, o Copom precisa fazer o caminho de volta para os 11,25% (pelo menos), começando com um corte de 0,75 ponto percentual na quarta feira (dia 21/1/2009), pois a economia brasileira corre o risco de não crescer este ano., o que seria terrível, pois despencaríamos de uma expansão da ordem de 7% para zero.
Comentários
Postar um comentário