Juros empacados. No Brasil.
Juros empacados. No Brasil.
Com as novas taxas de juros básicas "japonesas" agora adotadas pelo Banco Central americano, a decisão que o Copom tomou na semana passada (10/12/1008), de manter aqui a Selic em 13,75%, chega a parecer bizarrra, tal a dissonância em relação ao que se passa no restgo do mundo. Enquanto as autoridades monetárias dos países ricos estão disparando chumbo grosso para evitar que a crise atinja uma dimensão catastrófica - risco que não pode ser desprezado - continuamos achando por aqui que a variação do dólar pode comprometer as metas de inflação em 2009. Não é isso que está se vendo nos índices de preços mais sensíveis ao câmbio. Tudo indica que neste mês de dezembro alguns indicadores da FGV podem registrar deflação. E mesmo o IPCA - que baliza as metas - pode cair para menos de 5% (acumulados em doze meses) já no primeiro trimestre de 2009.
O Banco Central tem sido ágil em outros instrumentos para induzir os mercados a uma normalização. Mas quando entram em cena os juros básicos, fica empacado. Nem na pior que a crise que o mundo assiste em trinta anos é capaz de mudar esse quadro no Brasil.
Comentários
Postar um comentário