Juros permanecerão altos

Juros permanecerão altos

POR GEORGE VIDOR
A não ser que o Banco Central resolva amanhã (quarta-feira, 11/3/2009) cortar as taxas básicas em mais de 1,5 ponto percentual, os juros continuarão acima ou igual ao patamar mais baixo já atingido pela Selic(11,25%). É claro que o simples fato de a trajetória dos juros básicos ter se invertido representa um alento para a economia brasileira nesse momento de grande retração em todas as parte do planeta.
Os juros altos decorrem de ineficiências da nossa economia (especialmente do setor público), mas contribuem para realimentar essas ineficiências, gerando um círculo vicioso muito difícil de ser quebrado -  haja vista que, em dezembro último, quando a produção industrial tinha visivelmente desabado (os númros do PIB só saíram agora, porém meia dúzia de telefonemas seriam suficientes para confirmar o impacto da crise inetrnacional sob re o Brasil), o Copom ainda vacilava em cortar os juros. E continuou vacilando em janeiro, pois dos oito membros votantes do Conselho de Política Monetária, três foram contra o corte de um ponto percentual! Testemunhas da reunião garantem que só foi servido água e café durante a reunião. Aparentemente ninguém lá estava no mundo da Lua.
  A única oportunidade proporcionada  pela atual crise é essa de redução dos juros para um patamar jamais visto, como certamente afirmará o presidente Lula depois que o Copom se reunir em abril...
Muitos analistas financeiros já se arriscam a prever que os juros básicos cairão para um dígito (abaixo de 10%) este ano. Será preciso ver para crer.

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