Museu de Artes e Ofícios dfe BH: de tirar o chapéu!
Museu de Artes e Ofícios dfe BH: de tirar o chapéu!
Fiz minha terceira vista ao museu aberto de arte contemporãnea Inhotim, em Brumadinho (aviso aos navegantea: o acesso pela BR-040, para quem vem do Rio, está agora sinalizado, pois todo o trecho até lá, de 32 quilômetros, foi asfaltado; com isso não é preciso chegar a Belo Horizonte e economiza-se bom tempo). Mais galpões, com novas obras, estimulam uma segunda ou uma terceira visita ao Inhotim, sem contar que o jardim continua aquela maravilha. O trabalho dos artistas é polêmico e desafiador, mas ainda achao que a melhor obra do museu é arte da própria natureza: um imenso tambroril, árvore que fica próxima aos restaurantes.
O Inhotim já valeria a viagem, mas desta vez visitei também o Museu de Artes e Ofícios que fica nos prédios restaurados da antiga estação central de Belo Horizonte. Os prédios, por si só, já justificam a visita. Na década de 80 estavam abandonados e até invadidos. Em 2002 teve início uma restauração para abrigar o museu com antigas ferramentas e instrumentos de trabalho que a mecenas mineira Angela Gutierrez foi recolhendo no interior de Minase em outras regiões do país ao longo de vários. Ela doou mais de 1.800 peças ao museu, mas diz-se que em sua fazenda ela ainda mantém uma coleção que daria para abastecer um segundo museu! Angela, cujos antepassados espanhois participaram da construção de Belo Horizonte (e essa empreiteira deu origem ao grupo Andrade Gutierrez, a partir de uma associação com a família Andrade) foi a responsável pelo Museu do Oratório, em Ouro Preto. Sua coleção foi a base do acervo do museu, cuja visita também é imperdível.
O Museu de Artes e Ofícios fica em uma região do centro antigo de Belo Horizonte que estava completamente decadente. Muita gente ainda não foi visitar o museu pois teme andar por ali, mas a revitalização local já é bem visível. Em breve será restaurado o prédio da atual estação de fato, de onde partem os trens de passageiros para o Vale do Aço e para Vitória. E enquanto não se faz o desvio ferroviário que contornará BH, trens de minérios e outros produtos ainda passam por ali. Na mesma área está a estação central do metrô de superfície. Peças de velhos alambiques, do acervo do museu, estão expostas em uma das plataformas do metrô, o que integra o museu ao movimento de usuários dos trens. Como os dois prédios do Museu estão de um lado e de outro das plataformas, as paredes que os separam são de vidro para que se possa apreciar, mesmo de forma, as peças. O Museu de Artes e Ofícios de BH é o único nesse estilo no Brasil. Certamente já é motivo de oruglho da capital mineira, que foi a primeira capital planejada (décadas antes de Brasília), dentro do espírito republicano que procurava se desvencilhar da herança colonial e imperial (um dos motivos de Ouro Preto ter deixado de ser a capital do estado).
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