Não dá para ser ingênuo
Não dá para ser ingênuo
Coluna veiculada na edição vespertina do Globo a Mais, em 25/6/2013. voltado para leitura em tablets:
As manifestações mostraram enorme insatisfação de todos sobre o jeito
de governar que tem prevalecido no Brasil, e que não difere muito
de qual partido esteja no poder. Como a política caiu em descrédito,
não há solução no horizonte, ainda que a médio prazo ela possa surgir
em decorrência da sacudida no país. Os jovens revelaram uma incrível
capacidade de mobilização pelas redes sociais e é pena que os vândalos
tenham se aproveitado do movimento para provocar uma violência que
agora volta a atemorizar a chamada maioria silenciosa, que estava
começando a querer fazer barulho.
Essa falta de perspectiva de solução no curto prazo é um problema para
a economia. Os ventos vindos do mercado internacional deixaram se ser
favoráveis e para enfrentar a vazante a política econômica teria de
passar por um ajuste sério, o que dificilmente ocorrerá agora.
O governo finalmente havia percebido que a infraestrutura teria
condições de atrair muitos investimentos. Começou a preparar editais
para aeroportos, ferrovias, portos e rodovias. As condições oferecidas
têm sofrido muitas críticas, mas a demanda reprimida por
infraestrutura é tão grande que até mesmo dentro de um quadro distante
do ideal talvez pudessem aparecer interessados. Mas diante do
congelamento de tarifas e pedágios, o risco de não aparecerem
interessados agora aumentou.
Além desse congelamento, mesmo que se faça necessário o governo
continuará segurando reajustes dos combustíveis (até porque precisa
justifica a contenção das tarifas de transportes públicos).É uma forma
artificial de conter a inflação, mas que vira uma bomba relógio.
Em um momento que os gastos públicos precisariam entrar em ordem, as
fontes de pressão para aumento de despesas se multiplicaram com as
manifestações. E tudo isso em um momento complicado do mercado
internacional.
A realização da Copa do Mundo, que tem sido contestada por muitos dos
manifestantes, trará um alívio a esse quadro. Tomara que a política
não frustre o sucesso esperado para o evento.
de governar que tem prevalecido no Brasil, e que não difere muito
de qual partido esteja no poder. Como a política caiu em descrédito,
não há solução no horizonte, ainda que a médio prazo ela possa surgir
em decorrência da sacudida no país. Os jovens revelaram uma incrível
capacidade de mobilização pelas redes sociais e é pena que os vândalos
tenham se aproveitado do movimento para provocar uma violência que
agora volta a atemorizar a chamada maioria silenciosa, que estava
começando a querer fazer barulho.
Essa falta de perspectiva de solução no curto prazo é um problema para
a economia. Os ventos vindos do mercado internacional deixaram se ser
favoráveis e para enfrentar a vazante a política econômica teria de
passar por um ajuste sério, o que dificilmente ocorrerá agora.
O governo finalmente havia percebido que a infraestrutura teria
condições de atrair muitos investimentos. Começou a preparar editais
para aeroportos, ferrovias, portos e rodovias. As condições oferecidas
têm sofrido muitas críticas, mas a demanda reprimida por
infraestrutura é tão grande que até mesmo dentro de um quadro distante
do ideal talvez pudessem aparecer interessados. Mas diante do
congelamento de tarifas e pedágios, o risco de não aparecerem
interessados agora aumentou.
Além desse congelamento, mesmo que se faça necessário o governo
continuará segurando reajustes dos combustíveis (até porque precisa
justifica a contenção das tarifas de transportes públicos).É uma forma
artificial de conter a inflação, mas que vira uma bomba relógio.
Em um momento que os gastos públicos precisariam entrar em ordem, as
fontes de pressão para aumento de despesas se multiplicaram com as
manifestações. E tudo isso em um momento complicado do mercado
internacional.
A realização da Copa do Mundo, que tem sido contestada por muitos dos
manifestantes, trará um alívio a esse quadro. Tomara que a política
não frustre o sucesso esperado para o evento.
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