Novo Hamburgo e Gramado

Novo Hamburgo e Gramado

POR GEORGE VIDOR
Participei há poucos dias de um congresso estadual sobre qualidade total em Novo Hamburgo, no Rio Grende do Sul, e foi uma oportunidade para sentir a pulsação da indústria local. O real apreciado fez um estrago enorme nas exportações de calçados (já não há tantos compradores estrangeiros visitando a região), mas ainda assim os empresários não jogaram a toalha e continuam se esforçando para atender aos consumidores internos.
Ainda assim, Novo Hamburgo oferece uma qualidade de vida que chega a atrair muitas pessoas que vão e voltam diariamente a Porto Alegre para trabalhar ou estudar (é um fenômeno local; a capital gaúcha tem crescido pouco porque muitas pessoas estão preferindo morar em cidades próximas).
E como estava estava pertinho, aproveitei para rever Gramado. Não ia lá há cinco anos, e minha impressão pessoal é que a cidade só melhorou. Continua com bons restaurantes (como já destaquei neste blog, acho imperdível a galeteria Nonno Mio, mas há também outros muito bons, como o suíço Petit Clos., o italiano Tarantino, bem no centro, etc). Os hoteis estavam quase todos cheios, ocupados por uma série de eventos. O Varandas das Bromélias me acolheu (fica ao mesmo tempo próximo do movimento, e em um ponto protegido da agitação). As lojas de chocolates se multiplicaram - recomendo a sorveteria da Planalto, na Borges de Medeiros - e algumas que oferecem produtos de couro fizeram um up grade. Uma boa novidade local é a indústria Di Solle, que fabrica talheres com um design inovador e prático.
Sugiro também uma visita a um pequeno atelier artesanal de louças e objetos de vidro, chamado Feito a Dois, que fica na estrada de Gramado a Canela,  próximo ao quilômetro cinco. Vale conferir os cristais gramadenses e as indústrias de móveis (Masotti e Real Wood).
Como havia um mini festival gastronômico, deu para degustrar uns vinhos nacionais. Prestem atenção ao merlot Don Abel (ainda não tem nos mercados do Rio e São Paulo), ao Singular (tempranillo ) da Lidio Carrara, e ao merlot gold da Casa Valduga. Nada a dever aos importados da mesma faixa.

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