O lado econômico do porto
O lado econômico do porto
Coluna veiculada em 1/10/2013 no vespertino digital O Globo a Mais, voltada para assinantes que o leem em Ipad:
Na coluna da última segunda-feira no GLOBO, escrevi sobre a
importância crescente do Porto do Rio como atividade econômico na
cidade e no estado. Gostaria aqui de chamar um pouco mais de atenção
para esse tema, em face de a zona portuária estar passando por um
processo de transformação urbana que deverá revigorá-la, com novas
construções, criação de uma via expressa ao rés do chão, e caminhos
internos que contarão inclusive com um moderno sistema de transporte
público, o veículo leve sobre trilhos, integrado a outros modais de
alta capacidade (metrô, trens metropolitanos e BRTs).
O chamado Porto Maravilha, parceria público-privada que a Prefeitura
do Rio arquitetou, com sucesso, para viabilizar o projeto de
revitalização da zona portuária, vai da Praça Mauá à rodoviária Novo
Rio, na avenida Francisco Bicalho. Nesse trecho, estão o terminal de
passageiros, que é mais utilizado quatro meses por ano, na temporada
de cruzeiros marítimos, e o cais ainda diretamente aos cuidados da
Companhias Docas do Rio. Embora seja uma boa área, são poucos os
navios que atracam ao longo desse cais (Gamboa).
O movimento se intensifica mesmo no cais de São Cristóvão, que está
servindo para atracação de embarcações de apoio a plataformas de
petróleo e navios que carregam produtos siderúrgicos. Obras de
ampliação devem se realizadas depois de firmado o contrato de
arrendamento com a Petrobras por um número de anos que estimule o
investimento.
E já em andamento, em ritmo acelerado, estão as obras de ampliação no
cais do Caju. Lá ficam os terminais de contêiner da Libra e da
Multiterminais, e o de veículos da Multicar. Trata-se de um
investimento da ordem de R$ 1 bilhão, em obras civis e novos
equipamentos. O cais contínuo desses terminais chegará a ter quase
quilômetros, permitindo que simultaneamente atraquem quatro navios
porta-contêiner gigantes, com 330 metros de comprimento, que virão ao
Brasil.
O terminal para embarcações de apoio a plataformas de petróleo será
maior que o de Macaé e a razão disso é que a Baía de Guanabara é o
ponto abrigado mais próximo dos blocos que estão em exploração ou
produção no pré-sal. O movimento ali tende a crescer explosivamente,
24 hora por dia.
Os dois terminais de contêiner estarão aptos, em 2015, a movimentar
dois milhões de TEU (unidade padronizada de contêiner) por ano, um
aumento de 50% sobre a atual capacidade. E o de veículos, ficará em
condições de receber 326 mil unidades (mais 34%) por ano. Mas a obra
já começou a ser entregue, agora em outubro a construtora Andrade
Gutierrez entrega uma parte da ampliação do cais para a Libra.
Com todo esse movimento ascendente, o Caju pode virar uma área de
constantes engarrafamentos de caminhões se os acessos terrestres não
foram refeitos. E isso não depende apenas da prefeitura, mas de um
entendimento com o governo federal (controlador da Companhia Docas e
poder concedente da ponte Rio-Niterói) e o estadual. Já existem
projetos executivos para esses acessos, mas o processo decisório para
pô-los em prática é lento, muito lento.
Vizinho ao cais do Caju voltou a funcionar o antigo estaleiro
Ishikawajima (rebatizado como Inhaúma), que já emprega três mil
pessoas. No pico das suas atividades, empregará cinco mil. No porto,
são dez mil os empregos diretos. No município do Rio, é a segunda
região que mais recolhe ICMS.
O lado econômico do porto está mesmo por merecer mais atenção.
importância crescente do Porto do Rio como atividade econômico na
cidade e no estado. Gostaria aqui de chamar um pouco mais de atenção
para esse tema, em face de a zona portuária estar passando por um
processo de transformação urbana que deverá revigorá-la, com novas
construções, criação de uma via expressa ao rés do chão, e caminhos
internos que contarão inclusive com um moderno sistema de transporte
público, o veículo leve sobre trilhos, integrado a outros modais de
alta capacidade (metrô, trens metropolitanos e BRTs).
O chamado Porto Maravilha, parceria público-privada que a Prefeitura
do Rio arquitetou, com sucesso, para viabilizar o projeto de
revitalização da zona portuária, vai da Praça Mauá à rodoviária Novo
Rio, na avenida Francisco Bicalho. Nesse trecho, estão o terminal de
passageiros, que é mais utilizado quatro meses por ano, na temporada
de cruzeiros marítimos, e o cais ainda diretamente aos cuidados da
Companhias Docas do Rio. Embora seja uma boa área, são poucos os
navios que atracam ao longo desse cais (Gamboa).
O movimento se intensifica mesmo no cais de São Cristóvão, que está
servindo para atracação de embarcações de apoio a plataformas de
petróleo e navios que carregam produtos siderúrgicos. Obras de
ampliação devem se realizadas depois de firmado o contrato de
arrendamento com a Petrobras por um número de anos que estimule o
investimento.
E já em andamento, em ritmo acelerado, estão as obras de ampliação no
cais do Caju. Lá ficam os terminais de contêiner da Libra e da
Multiterminais, e o de veículos da Multicar. Trata-se de um
investimento da ordem de R$ 1 bilhão, em obras civis e novos
equipamentos. O cais contínuo desses terminais chegará a ter quase
quilômetros, permitindo que simultaneamente atraquem quatro navios
porta-contêiner gigantes, com 330 metros de comprimento, que virão ao
Brasil.
O terminal para embarcações de apoio a plataformas de petróleo será
maior que o de Macaé e a razão disso é que a Baía de Guanabara é o
ponto abrigado mais próximo dos blocos que estão em exploração ou
produção no pré-sal. O movimento ali tende a crescer explosivamente,
24 hora por dia.
Os dois terminais de contêiner estarão aptos, em 2015, a movimentar
dois milhões de TEU (unidade padronizada de contêiner) por ano, um
aumento de 50% sobre a atual capacidade. E o de veículos, ficará em
condições de receber 326 mil unidades (mais 34%) por ano. Mas a obra
já começou a ser entregue, agora em outubro a construtora Andrade
Gutierrez entrega uma parte da ampliação do cais para a Libra.
Com todo esse movimento ascendente, o Caju pode virar uma área de
constantes engarrafamentos de caminhões se os acessos terrestres não
foram refeitos. E isso não depende apenas da prefeitura, mas de um
entendimento com o governo federal (controlador da Companhia Docas e
poder concedente da ponte Rio-Niterói) e o estadual. Já existem
projetos executivos para esses acessos, mas o processo decisório para
pô-los em prática é lento, muito lento.
Vizinho ao cais do Caju voltou a funcionar o antigo estaleiro
Ishikawajima (rebatizado como Inhaúma), que já emprega três mil
pessoas. No pico das suas atividades, empregará cinco mil. No porto,
são dez mil os empregos diretos. No município do Rio, é a segunda
região que mais recolhe ICMS.
O lado econômico do porto está mesmo por merecer mais atenção.
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