Petrobras precisa reduzir dívida
Petrobras precisa reduzir dívida
Coluna veiculada na edição de 12/8/2014 da revista vespertina digital O Globo a Mais, dirigida a assinantes que a leem em tablets e smartphones:
Se os preços da gasolina e do óleo diesel forem reajustados em
novembro, como esperado, os resultados da Petrobras devem melhorar
ainda no exercício de 2014. Mas uma mudança substancial nos números da
companhia já não dependem dessa folga de caixa no curto prazo. O nível
de endividamento da empresa tende a sacrificar os resultados e um
ajuste apenas pelo aumento de faturamento e da geração operacional de
caixa levará tempo até surtir efeito expressivo.
Em uma situação como essa, o normal seria a empresa se desfazer de
patrimônio e, no caso, algo valioso, como uma participação em campos
do pré-sal ou a venda integral de algum bloco em operação nas Bacias
de Campos ou do Espírito Santo.
Mas na cultura da estatal isso é quase uma heresia. A Petrobras não se
desfaz nem de campos maduros em terra, embora praticamente pague para
produzir ali (por causa de sua pesada estrutura, enquanto que um
pequeno produtor talvez conseguisse torná-los rentáveis). A Petrobras
precisa concentrar esforços nos investimentos que lhe tragam mais
retorno. Não pode querer fazer tudo.
Se não der uma guinada de 180 graus - e isso passa pela redução da
dívida bruta - corre o risco de ver seus lucros estagnarem. É uma
pena, pois é uma companhia que tem dimensão para lucrar o equivalente
a US$ 14 bilhões por ano, no mínimo.
novembro, como esperado, os resultados da Petrobras devem melhorar
ainda no exercício de 2014. Mas uma mudança substancial nos números da
companhia já não dependem dessa folga de caixa no curto prazo. O nível
de endividamento da empresa tende a sacrificar os resultados e um
ajuste apenas pelo aumento de faturamento e da geração operacional de
caixa levará tempo até surtir efeito expressivo.
Em uma situação como essa, o normal seria a empresa se desfazer de
patrimônio e, no caso, algo valioso, como uma participação em campos
do pré-sal ou a venda integral de algum bloco em operação nas Bacias
de Campos ou do Espírito Santo.
Mas na cultura da estatal isso é quase uma heresia. A Petrobras não se
desfaz nem de campos maduros em terra, embora praticamente pague para
produzir ali (por causa de sua pesada estrutura, enquanto que um
pequeno produtor talvez conseguisse torná-los rentáveis). A Petrobras
precisa concentrar esforços nos investimentos que lhe tragam mais
retorno. Não pode querer fazer tudo.
Se não der uma guinada de 180 graus - e isso passa pela redução da
dívida bruta - corre o risco de ver seus lucros estagnarem. É uma
pena, pois é uma companhia que tem dimensão para lucrar o equivalente
a US$ 14 bilhões por ano, no mínimo.
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