Petrópolis merecia o Solar
Petrópolis merecia o Solar Os fins de semana passam rápido demais e raramente tenho a oportunidade de ir ao centro de Petrópolis. A cidade imperial costuma ser classificada na categoria de cidades médias, mas ao menos o seu centro histórico já apresenta características de cidade grande: ruas movimentadas, com gente por todos os lados, tráfego intenso e até engarrafamentos. Os bairros também estão mais densos, de forma que a cidade já abriga mais de 200 mil moradores. Considerando-se também a população flutuante - ou seja, aquela que passa os fins de semana na serra, geralmente nas áreas e distritos mais afastados do centro, como Araras, Correias, Nogueira, Itaipava, Vale das Videiras, Pedro do Rio, Secretário, Posse, Carangola, Samambaia, Fazenda Inglesa - chega-se a mais de 300 mil pessoas. No dias de semana, o comércio do centro e de bairros próximos (rua Teresa, Alto da Serra, Bingen) recebe numerosos visitantes de outras cidades, em busca de boas ofertas nos atacadistas de roupas ou aviamentos para pequenas confecções. De quinta-feira a domingo existe o turismo bate-volta. São cariocas e outras pessoas de passagem pelo Rio que vão conhecer a cidade imperial e retornam no mesmo dia. Talvez por isso a cidade de Petrópolis não tenha desenvolvido uma rede hoteleira à sua altura. Desde que o Quitandinha perdeu suas características, a cidade se tornou dependende das pousadas e hotéis de lazer nas redondezas - vários de excelente qualidade, agora sofrendo com o temor dos carrapatos transmissores da febre maculosa - geralmente ocupados de sexta a domingo ou nos meses de férias escolares. Pois bem, essa lacuna começou a ser preenchida há quatro meses com a inaguração do Solar do Império. Um casarão que estava abandonado em local nobre da cidade (Praça da Liberdade, que é mais conhecida pelos bodinhos que puxam pequenas charretes para crianças pequenas, esquina com a Avenida Koeler) foi ecuperado, com 16 suítes bem confortáveis e decoradas com o estilo do período imperial, sem parecer um museu. O hotel é de um petropolitano (Roberto Pinheiro) que hoje vive no Rio e decidiu fazer um investimento em sua cidade natal. O palacete foi construído no século XIX um fazendeiro de café que, por conta do casarão, recebeu um título de nobreza. A Princesa Isabel teria se hospedado lá quando sua própria casa (também na Avenida Koeler) estava em obras. Há décadas estava em decadência e já começava a dar sinais que pdoeria se transformar em uma ruína. Do palecete original foram recuperados pera o Solar o piso de madeira, a escultura em volta da lareira e o mármore da entrada (belíssimo). O Solar tem um pequeno centro de convenções e um restaurante - o Leopoldina - chá a la carte, a qualquer hora do dia. Nào experimentei o restaurante, mas o lugar é muito agradável. Durante a semana está aberto para almoço executivo. Fica aqui então uma boa sugestão para quem precisar, ou desejar, se hospedar no centro histórico de Petrópolis.
Comentários
Postar um comentário