Rápida passada por Rondônia
Rápida passada por Rondônia
Coluna veiculada em 9/9/2014 na revista vespertina digital O Globo a Mais, endereçada aos assinantes que a leem em tablets e smartphones:
"Passei algumas horas semana passada em Porto Velho. Quando o avião se
aproximava do aeroporto deu para ver as obras da hidrelétrica de Santo
Antônio, que já está funcionando parcialmente. Anos atrás, estive no
local, quando ainda dava para observar a queda d"água (era uma suave
cachoeira, que podia ser transposta por alguns pequenos barcos a motor
no período da vazante do Rio Madeira), muito próxima do centro de
Porto Velho. A casa que servia de recreação para os engenheiros da
ferrovia Madeira-Mamoré, ainda estava lá, proporcionando uma vista
privilegiada da cachoeira.
As obras de Santo Antônio e de Jirau (a outra grande hidrelétrica do
madeira, situada a 120 quilômetros do centro de Porto Velho) sacudiram
a vida da capital de Rondônia. O PIB estadual praticamente triplicou
em apenas dez anos. E o reflexo disso é uma cidade com muitos
edifícios em construção.
A parte civil das duas hidrelétricas já está nos "finalmentes" e agora
a obra se concentra na montagem de equipamentos. O número de
trabalhadores está diminuindo, a ponto de comerciantes locais (e
também hoteleiros e transportadores) se queixarem de perda de receita.
A construção das hidrelétricas causou mais polêmica fora de Rondônia
do que lá. Porém, os empreendimentos não são uma unanimidade na
região. Os ribeirinhos que foram reassentados parecem não ter se
habituado nas novas moradias, embora seja incomparável a qualidade com
as casas anteriores, Mesmo em condições precárias, são pessoas que
preferem viver a poucos metros do rio. É uma questão que deve ser
levada em conta em futuras hidrelétricas. Sim porque Rondônia tem
condições de abrigar duas outras, dependendo de entendimentos do
Brasil com a Bolívia, porque será preciso compensar impactos
ambientais no país vizinho. Uma das usinas possivelmente terá de ser
binacional, em moldes similares a Itaipu.
Jirau e Santo Antônio renderão royalties pra os cofres estadual e
municipal. Espera-se que esses recursos sejam usados na melhora da
infraestrutura que serve à população de Porto Velho. Mas,
independentemente da usinas, há mais novidades por lá. A ponte que
atravessa o Rio Madeira ficou pronta e será inaugura este mês. Vai
facilitar o acesso por terra às cidades do Sul do Amazonas (humaitá e
Lábrea, especialmente) e também a Manaus, quando a antiga rodovia for
recuperada.
A capacidade de movimentação de carga embarcada em Porto Velho, para
seguir pela hidrovia do Madeira até o porto de Itacoatiara, no Estado
do Amazonas, está sendo ampliada em cinco milhões de toneladas (um
investimento privado).
A enchente do Rio Madeira no início do ano, que isolou parte de
Rondônia e o Estado do Acre, abriu uma rota de abastecimento terrestre
com o peru. Um novo corredor de transporte pode de fato surgir (com
ligação até o Pacífico) se o governo federal colaborar, montando uma
estrutura de alfândega capacitada a atender com agilidade uma
possível demanda de comércio exterior (atualmente, é preciso muitas
vezes recorrer a Brasília ). "
aproximava do aeroporto deu para ver as obras da hidrelétrica de Santo
Antônio, que já está funcionando parcialmente. Anos atrás, estive no
local, quando ainda dava para observar a queda d"água (era uma suave
cachoeira, que podia ser transposta por alguns pequenos barcos a motor
no período da vazante do Rio Madeira), muito próxima do centro de
Porto Velho. A casa que servia de recreação para os engenheiros da
ferrovia Madeira-Mamoré, ainda estava lá, proporcionando uma vista
privilegiada da cachoeira.
As obras de Santo Antônio e de Jirau (a outra grande hidrelétrica do
madeira, situada a 120 quilômetros do centro de Porto Velho) sacudiram
a vida da capital de Rondônia. O PIB estadual praticamente triplicou
em apenas dez anos. E o reflexo disso é uma cidade com muitos
edifícios em construção.
A parte civil das duas hidrelétricas já está nos "finalmentes" e agora
a obra se concentra na montagem de equipamentos. O número de
trabalhadores está diminuindo, a ponto de comerciantes locais (e
também hoteleiros e transportadores) se queixarem de perda de receita.
A construção das hidrelétricas causou mais polêmica fora de Rondônia
do que lá. Porém, os empreendimentos não são uma unanimidade na
região. Os ribeirinhos que foram reassentados parecem não ter se
habituado nas novas moradias, embora seja incomparável a qualidade com
as casas anteriores, Mesmo em condições precárias, são pessoas que
preferem viver a poucos metros do rio. É uma questão que deve ser
levada em conta em futuras hidrelétricas. Sim porque Rondônia tem
condições de abrigar duas outras, dependendo de entendimentos do
Brasil com a Bolívia, porque será preciso compensar impactos
ambientais no país vizinho. Uma das usinas possivelmente terá de ser
binacional, em moldes similares a Itaipu.
Jirau e Santo Antônio renderão royalties pra os cofres estadual e
municipal. Espera-se que esses recursos sejam usados na melhora da
infraestrutura que serve à população de Porto Velho. Mas,
independentemente da usinas, há mais novidades por lá. A ponte que
atravessa o Rio Madeira ficou pronta e será inaugura este mês. Vai
facilitar o acesso por terra às cidades do Sul do Amazonas (humaitá e
Lábrea, especialmente) e também a Manaus, quando a antiga rodovia for
recuperada.
A capacidade de movimentação de carga embarcada em Porto Velho, para
seguir pela hidrovia do Madeira até o porto de Itacoatiara, no Estado
do Amazonas, está sendo ampliada em cinco milhões de toneladas (um
investimento privado).
A enchente do Rio Madeira no início do ano, que isolou parte de
Rondônia e o Estado do Acre, abriu uma rota de abastecimento terrestre
com o peru. Um novo corredor de transporte pode de fato surgir (com
ligação até o Pacífico) se o governo federal colaborar, montando uma
estrutura de alfândega capacitada a atender com agilidade uma
possível demanda de comércio exterior (atualmente, é preciso muitas
vezes recorrer a Brasília ). "
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