Rnest, refinaria do Nordeste, recauchutada
Rnest, refinaria do Nordeste, recauchutada
Entre 4 e 5 horas da manhã da última sexta-feira (13/3/2015) a Refinaria Abreu e
Lima (Rnest, na designação interna da Petrobras) começou a produzir
óleo diesel S-10, o mais apropriado para uso em aglomerações urbanas,
pois sua combustão não tem como consequência a emissão de um grande
volume de material particulado na atmosfera.
Esse S-10 que a Rnest agora produz vai substituir diesel importado.
Para que isso fosse possível, era necessário que entrasse em
funcionamento a unidade de hidrotratamento (HDT-T), que teve
praticamente se ser remontada, pois na fase inicial de testes
constatou-se que muitas equipamentos não funcionariam, por erro de
montagem ou defeito. Havia até um catalisador furado. Só falta uma
unidade (SNOx) para que o chamado trem 1 da Rnest esteja completo.
Atualmente o trem 1 tem capacidade de processar 45 mil barris diários
de petróleo. Esse volume pode triplicar.
O trem 2 tem cerca de 80% de seu cronograma concluídos. Mas sabe-se
muito bem que os mesmos problemas encontrados no trem 1 talvez se
repitam no trem 2. Por isso, não dá para considerar que faltam apenas
20% para a conclusão. Desse modo, a Petrobras teve de cancelar ou
suspender contratos, e precisará refazê-los para que a obra seja de fato
finalizada. Então, infelizmente talvez não se possa contar com toda a
produção prevista para a Rnest até o fim deste ano, como programado.
Uma pena porque o país continua a importar muito diesel e gasolina.
Mas esse é o preço que teremos de pagar pelo descalabros cometidos na
gestão da maior empresa brasileira, por um conluio que envolveu dirigentes da
companhia, empresas, políticos e partidos da base de apoio ao governo, incluindo o principal.
O Brasil precisa de refinarias, mas acabaram servindo de pano de fundo
para se assaltar os cofres da Petrobras. A engenharia brasileira
deveria se orgulhar da Rnest, pois há tempos que o mundo não
via um investimento semelhante no setor. Mas, em vez de orgulho, deve
sentir vergonha pelo que aconteceu lá. No nível técnico, executivos e
gestores se viram de mãos atadas, chegando a ficar de cabelo em pé ao
testemunhar o que acontecia. Mas ao menos conseguiram consertar depois
o que foi feito errado proposital ou irresponsavelmente.
Lima (Rnest, na designação interna da Petrobras) começou a produzir
óleo diesel S-10, o mais apropriado para uso em aglomerações urbanas,
pois sua combustão não tem como consequência a emissão de um grande
volume de material particulado na atmosfera.
Esse S-10 que a Rnest agora produz vai substituir diesel importado.
Para que isso fosse possível, era necessário que entrasse em
funcionamento a unidade de hidrotratamento (HDT-T), que teve
praticamente se ser remontada, pois na fase inicial de testes
constatou-se que muitas equipamentos não funcionariam, por erro de
montagem ou defeito. Havia até um catalisador furado. Só falta uma
unidade (SNOx) para que o chamado trem 1 da Rnest esteja completo.
Atualmente o trem 1 tem capacidade de processar 45 mil barris diários
de petróleo. Esse volume pode triplicar.
O trem 2 tem cerca de 80% de seu cronograma concluídos. Mas sabe-se
muito bem que os mesmos problemas encontrados no trem 1 talvez se
repitam no trem 2. Por isso, não dá para considerar que faltam apenas
20% para a conclusão. Desse modo, a Petrobras teve de cancelar ou
suspender contratos, e precisará refazê-los para que a obra seja de fato
finalizada. Então, infelizmente talvez não se possa contar com toda a
produção prevista para a Rnest até o fim deste ano, como programado.
Uma pena porque o país continua a importar muito diesel e gasolina.
Mas esse é o preço que teremos de pagar pelo descalabros cometidos na
gestão da maior empresa brasileira, por um conluio que envolveu dirigentes da
companhia, empresas, políticos e partidos da base de apoio ao governo, incluindo o principal.
O Brasil precisa de refinarias, mas acabaram servindo de pano de fundo
para se assaltar os cofres da Petrobras. A engenharia brasileira
deveria se orgulhar da Rnest, pois há tempos que o mundo não
via um investimento semelhante no setor. Mas, em vez de orgulho, deve
sentir vergonha pelo que aconteceu lá. No nível técnico, executivos e
gestores se viram de mãos atadas, chegando a ficar de cabelo em pé ao
testemunhar o que acontecia. Mas ao menos conseguiram consertar depois
o que foi feito errado proposital ou irresponsavelmente.
Coluna veiculada na edição de 17/3/2015 da revista vespertina digital O Globo a Mais
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