Sem bola de cristal

Sem bola de cristal

POR GEORGE VIDOR
A redução da taxa Selic para  12,75% já significará um certo alívio na economia brasileira. Embora os juros continuem muito altos, ao retroceder para menos de 13% o financiamento de projetos em segmentos de infra-estrutura se tornam novamente atraentes para investidores institucionais. Títulos privados podem então ser emtidos nesse patamar.
Se os juros recuarem para 12% na próxima reunião em março, melhor ainda, pois nessa faixa são os empreendimentos imobiliários residenciais que começarão a destravar.
Trata-se então de uma notícia positiva e em face disso foi completamente despropositada a nota do Banco Central indicando que o Copom, ao optar por uma redução de um ponto percentual na taxa Selic,  teria promovido a parte mais relevante do ajuste. É uma afirmação que não pode ser feita nesse momento da economia mundial. Servirá apenas para reforçar a idéia que o Banco Central não acredita na possibilidade de a economia brasileira coniviver com juros mais baixos, mesmo em cenário que os preços perdem fôlego. Além disso, não só no Brasil, mas no planeta inteiro as autoridades monetárias já demonstraram que não têm bola de cristal.

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