Sem exportações, real perde força
Sem exportações, real perde força
Coluna veiculada no vespertino digital O Globo a Mais (voltado para assinantes que o leem em tablets) em 20/8/2013:
O real se desvaloriza frente ao dólar e a balança comercial não volta
a uma trajetória de progressivo superávit. No passado isso era quase
imediato, pois as importações despencavam e as exportações ganhavam
impulso. Agora há uma situiação mais complexa, pois o país se tornou
dependente de algumas importações insubstituíveis (fertilizantes e
combustíveis, por exemplo), e pelo lado das exportações o
comportamento das receitas depende mais de preços do que propriamente
de volumes embarcados.
No caso dos combustíveis, não existe uma solução de curto prazo. As
refinarias da Petrobras têm funcionado a pleno vapor, batendo até
recordes seguidos de processamento de petróleo nacional. No entanto,
como o consumo continua a aumentar mais fortemente, em decorrência da
expansão da frota de veículos (carros e caminhões) , as importações
serão necessárias até que as duas novas refinarias em construção
(Abreu e Lima, em Suape, e Comperj, em Itaboraí) entrem em
funcionamento. Ou seja, apenas a partir do fim do que vem a capacidade
de refino aumentará significativamente.
O que poderia contrabalançar essas importações seria a exportação de
óleo bruto, mas também nesse caso só haverá mais excedente de produção
de petróleo com a entrada em operação de novas plataformas da
Petrobras no último trimestre deste ano.
Então, em 2013, não se pode esperar contribuição mais substancial da
balança comercial para evitar a desvalorização do real. Para, 2014,
quem sabe?
a uma trajetória de progressivo superávit. No passado isso era quase
imediato, pois as importações despencavam e as exportações ganhavam
impulso. Agora há uma situiação mais complexa, pois o país se tornou
dependente de algumas importações insubstituíveis (fertilizantes e
combustíveis, por exemplo), e pelo lado das exportações o
comportamento das receitas depende mais de preços do que propriamente
de volumes embarcados.
No caso dos combustíveis, não existe uma solução de curto prazo. As
refinarias da Petrobras têm funcionado a pleno vapor, batendo até
recordes seguidos de processamento de petróleo nacional. No entanto,
como o consumo continua a aumentar mais fortemente, em decorrência da
expansão da frota de veículos (carros e caminhões) , as importações
serão necessárias até que as duas novas refinarias em construção
(Abreu e Lima, em Suape, e Comperj, em Itaboraí) entrem em
funcionamento. Ou seja, apenas a partir do fim do que vem a capacidade
de refino aumentará significativamente.
O que poderia contrabalançar essas importações seria a exportação de
óleo bruto, mas também nesse caso só haverá mais excedente de produção
de petróleo com a entrada em operação de novas plataformas da
Petrobras no último trimestre deste ano.
Então, em 2013, não se pode esperar contribuição mais substancial da
balança comercial para evitar a desvalorização do real. Para, 2014,
quem sabe?
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