Tiradentes (3)

Tiradentes (3)

POR GEORGE VIDOR
Tive a oportunidade de voltar a Tiradentes há poucos dias. Foi uma visita curta (o fim de semana apenas) , mas suficiente para constatar que o projeto de restauração da cidade continua. As igrejas coloniais e a gastronomia permanecem como pontos altos (desta vez fiquei sabendo que a igreja Matriz de Santo Antonio é a que contém em seu altar a segunda maior quantidade física de ouro - pensava que fosse a de Nossa Senhora do Pilar em Ouro Preto, que, na verdade, está em terceiro lugar -  atrás apenas da igreja do mesmo santo em Salvador.
O órgão da igreja matriz está sendo restaurado na Espanha, o que vai ampliar ainda mais as opções culturais em Tiradentes, que não são poucas. O pintor Oscar Araripe, por exemplo, que retornou a Tiradentes depois de um período no litoral sul da Bahia (onde foi buscar inspiração para suas marinhas, inaugurou ao lado de sua galeria uma exposição permanente da Fundação que leva seu nome. Aproveitei a oportunidade para dar uma espíada nos trabalhos mais recentes do pintor (é incrível como ele capta em seu trabalho a luminosidade de Tiradentes e da Serra de São José) .
O comécio continua atrativo na cidade, com algumas novidades na moda feminina. No mais, em relação aos textos anteriores (Tiradentes 1 e Tiradentes 2) que destaquei nos Favoritos deste blog, tenho pouco a acrescentar ou a retificar, além de indicar a Pousada Três Portas na Rua Direita, o pastel e a comida mineira simples do Bar do Celso , e mais uma informação super-importante: a  estrada que liga a BR-040 (Rio-Belo Horizonte) a Sâo João Del Rey está um tapete. O percurso da entrada de Barbacena a Tiradentes (59 quilômetros) agora leva cerca de 40 minutos em marcha civilizada.
O restaurante Teatro da Vila representa a alta gastronomia na cidade (mas o preço é $$$$). Se o dinheiro estiver curto, vale experimentar pelo menos as entradas. Minhas preferências lá continuam sendo o Estalagem  ($$ para almoço) e o Tragaluz ($$$ para jantar). Ah, ia esquecendo: a Burza, fabricante de facas artesanais, mudou de lugar: saiu da praça do Chafariz e está  a uns mil metros da entrada da cidade. 

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