Turbulência nas bolsas

Turbulência nas bolsas

POR GEORGE VIDOR
O número de investidores no mercado de ações deu um salto no Brasil nos últimos dois anos. Só na CLC, que faz a custódia das ações negociadas na Bolsa, havia mais de 400 mil diferentes CPFs registrados (e nessa conta não entram os quotistas de fundos de investimento e de fundos FGTS de privatização,  pois o registro é feito pelo CNPJ).
Então é compreensível que  muita gente esteja agora atônica e aflita com o que anda acontecendo no mercado, com baixas expressivas, às vezes seguidas. Primeiro, é preciso considerar que o pequeno investidor nunca deve se aventurar nesse mercado com uma visão de curto prazo. Isso é para investidores profissionais ou para especuladores. E o médio e longo prazos jogam a favor do pequeno investidor, pois a economia brasileira, e em especial as empresas que hoje se destacam na Bovespa, tende a mudar de patamar na próxima década. As estatísticas mais recentes mostram que de fato o país poderá eliminar a extrema pobreza em um horizonte de doze anos. Ou seja está se formando um grande mercado consumidor no Brasil. E os investimentos em andamento também favorecerão o comércio exterior brasileiro.
No curto prazo, o momerto é de aversão a riscos nos mercados financeiros internacionais, o que se reflete no Brasil face ao peso que os investidores estrangeiros passaram a ter na Bovespa. No ano passado passado, esses investidores absorveram mais de 70% dos novos papéis emitidos. Se eles param de comprar, ou ficam na ponta de venda, o resultado é essa tremenda turbulência. Infelizmente, não conseguimos ficar descolados do que anda acontecendo em Wall Street.

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