Válvulas de escape para a economia em 2015
Válvulas de escape para a economia em 2015
Câmbio em novo patamar, inflação no teto da meta, taxas básicas de
juros em alta, finanças públicas desarrumadas, ameaça de rebaixamento
do conceito de crédito do país pelas agências internacionais de
avaliação de risco e balança comercial deficitária ou com pequeno
superávit. E ainda por cima um empresariado desanimado.
Tudo isso junto parece ser um desafio assustador para o próximo
Ministro da Fazenda, o que reduz significativamente a lista dos
capacitados a enfrentá-lo. Ao postergar o anúncio do novo ministro
para a semana que vem ou talvez para a última do mês, a presidente
Dilma não dará muito tempo para que seu auxiliar possa compor uma
equipe em condições de segurar a batata quente da economia, o que
deixa os mercados mais aflitos.
Na verdade, o futuro ministro terá que concentrar todos seus esforços
inicialmente na rearrumação das contas públicas, com base em um
orçamento para o qual não palpitou na elaboração. Terá pouca margem de
manobra, portanto. O que aumenta a responsabilidade da nova equipe.
Nessa situação, infelizmente o mais usual é a interrupção de
investimentos, que já não são pródigos no caso do setor público. A
saída então é o governo acelerar os programas de concessões de
infraestrutura, autorizar os projetos de ampliação e modernização de
terminais portuários que estão andando a passo de cágado nos gabinetes
federais, marcar logo a data da décima terceira rodada de licitações
de campos de petróleo, ajustar as regras do modelo de divisão de
produção nos futuros campos do pré-sal e por aí vai.
Sem isso, a economia tende a cair em uma imobilidade sem sentido, pois
se o governo fizer o dever de casa, haverá uma resposta, positiva,
quase que imediata dos mercados, facilitando a solução dos problemas
acima citados.
Coluna veículada na edição de 11/11/2014 da revista digital vespertina O Globo a Mais.
juros em alta, finanças públicas desarrumadas, ameaça de rebaixamento
do conceito de crédito do país pelas agências internacionais de
avaliação de risco e balança comercial deficitária ou com pequeno
superávit. E ainda por cima um empresariado desanimado.
Tudo isso junto parece ser um desafio assustador para o próximo
Ministro da Fazenda, o que reduz significativamente a lista dos
capacitados a enfrentá-lo. Ao postergar o anúncio do novo ministro
para a semana que vem ou talvez para a última do mês, a presidente
Dilma não dará muito tempo para que seu auxiliar possa compor uma
equipe em condições de segurar a batata quente da economia, o que
deixa os mercados mais aflitos.
Na verdade, o futuro ministro terá que concentrar todos seus esforços
inicialmente na rearrumação das contas públicas, com base em um
orçamento para o qual não palpitou na elaboração. Terá pouca margem de
manobra, portanto. O que aumenta a responsabilidade da nova equipe.
Nessa situação, infelizmente o mais usual é a interrupção de
investimentos, que já não são pródigos no caso do setor público. A
saída então é o governo acelerar os programas de concessões de
infraestrutura, autorizar os projetos de ampliação e modernização de
terminais portuários que estão andando a passo de cágado nos gabinetes
federais, marcar logo a data da décima terceira rodada de licitações
de campos de petróleo, ajustar as regras do modelo de divisão de
produção nos futuros campos do pré-sal e por aí vai.
Sem isso, a economia tende a cair em uma imobilidade sem sentido, pois
se o governo fizer o dever de casa, haverá uma resposta, positiva,
quase que imediata dos mercados, facilitando a solução dos problemas
acima citados.
Coluna veículada na edição de 11/11/2014 da revista digital vespertina O Globo a Mais.
Comentários
Postar um comentário