Um pedacinho da Bélgica no Rio


Um pedacinho da Bélgica no Rio
Enquanto há vida, há esperança. É um velho ditado, que tem tudo a ver com a realidade. Não é um simples clichê de autoajuda. Isso se aplica inclusive à economia. Mesmo em um período de crise aguda e tão longa, como a que vivemos, há quem aposte no futuro e enxergue oportunidades no presente.
Um breve comentário da minha querida colega Luciana Froes, crítica de gastronomia do Globo e agora também da Rádio Sul América Paradise FM, despertou nossa curiosidade – especialmente da minha mulher – em conhecer um restaurante belga no centro histórico do Rio.
A localização do restaurante está fora do perímetro que seria considerado ideal para um empreendimento deste tipo. Não é um restaurante que serve feijão com arroz ou feijoada às sextas-feiras. “Como assim, não tem feijoada?”, indagavam os potenciais clientes ao chef Alexandre Binard logo que o restaurante (Brasserie Belga) abriu as portas.
Binard veio para o Brasil por causa de um amor. Conheceu uma manauara e... A moça tem um emprego público que lhe impede de morar fora de Manaus. Binard se mudou de malas e bagagens para lá. Adora a cidade e até mesmo o clima de Manaus, que não é para os fracos – e olha que o Rio não fica muito atrás disso durante o verão. Em Manaus continua fazendo o que sabe fazer, culinária belga (acreditem, os belgas nada perdem para os franceses em termos de culinária), em eventos privados.
Mesmo à distância, comanda a cozinha da Brasserie Belga, no andar térreo do Hotel Belga, iniciativa de três investidores belgas. Um deles viveu no Rio e identificou oportunidades no centro da cidade, que passou por uma transformação na época dos Jogos olímpicos. Foi assim que um dos investidores descobriu um prédio de 1927 na rua dos Andradas esquina com avenida Marechal Floriano (a velha rua Larga). Um prédio meio fininho. Resolveram transformá-lo em um hotel. A fachada e o elevador (daqueles com porta pantográfica, que impede o funcionamento do elevador se não estiver bem fechada) foram mantidos. Internamente, tudo precisou ser reformado. O hotel tem cinco andares e 25 quartos, divididos em três categorias. As diárias partem de R$ 150 (mas dependendo do dia dá para arrumar um desconto, especialmente nos quartos executivos).
A Brasserie foi inaugurada junto com o hotel, há dois anos. Não foi fácil no início. Embora próximo a empresas como Light, Embratel e Banco do Brasil, o público potencial estranhou inicialmente a proposta do restaurante. Agora, quem quiser comer mexilhões com batata frita no almoço de sábado tem de fazer reserva, sob o risco de ficar esperando muito na porta do restaurante.
Comemos bem lá (eu e minha mulher), a um preço razoável. Para quem gosta, eles servem cervejas belgas. Em breve, uma nova linha do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) passará pela porta do hotel e da brasserie. Por causa do programa Centro Presente, com vigilância permanente, essa área do centro do Rio está bem segura. Vale a visita.
#brasseriebelga #hotelbelga



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