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Mostrando postagens de março, 2019

Forest Gump (Israel)

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Forest Gump (Israel) Por George Vidor Estou passando por um momento Forest Gump, aquele famoso personagem do ator Tom Hanks, que por casualidade estava em lugares de acontecimentos que ele testemunhava sem ter a menor ideia do que se passava de fato. Estou em Israel, numa viagem cultural e de lazer. Há anos tenho curiosidade de vir aqui, por razões diversas. Sem grande planejamento prévio, cheguei aqui. Estava visitando as colinas do Golan, na fronteira com a Síria, exatamente no dia em que o presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos iriam reconhecer o controle de Israel sobre aquele território. Trata-se de uma mudança de status, significativa. O Golan é considerado pelas Nações Unidas, e por muitos países como território ocupado. Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, o exército israelense atacou e venceu as posições sírias na colina.  Estrategicamente era uma questão crucial. No Golan estão a nascente do Rio Jordão e de outras fontes de doce água que nutrem o M

Pingo nos is

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Nossos vizinhos (George Vidor)                                Quando pensamos nesse universo imenso, do qual somos uma partícula microscópica, todas as polêmicas que nos têm envolvido parecem ridículas. E realmente o são. Para que se preocupar com o besteirol que se espalha pelas redes sociais ou mesmo pela grande mídia? É uma discussão que agora não levará a nada. A alma humana é indecifrável. Ou possivelmente serão necessários mais dois mil anos para decifrá-la, se é que a humanidade sobreviverá até lá. E se é que existe alma mesmo, ou tudo não passa de imaginação da enigmática consciência, que só pode ser criação divina (com qual propósito?). Se os grandes pensadores não nos deram respostas satisfatórias, deixando ainda mais dúvidas sobre o tabuleiro, e nem os textos sagrados são unânimes quanto a isso, não seremos nós simples mortais que vamos encontrar as saídas. Melhor então a fazer é refletir sobre nossos problemas comezinhos, como, por exemplo, a anemia da econom

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O Teto salvador (George Vidor)    Aprovada pelo Congresso Nacional durante o governo Temer, uma emenda constitucional estabeleceu um teto de gastos para o setor público federal. Pelos próximos dezenove anos, de acordo com a Constituição, os gastos federais não poderão ter crescimento real. Ou seja, no máximo o teto acompanhará a inflação. Dentro de nove anos, a Constituição admite uma revisão do teto. Portanto, o ajuste fiscal passou a ter respaldo constitucional. No primeiro ano de mandato, o governo Bolsonaro terá uma folga, porque as despesas federais em 2018 ficaram abaixo do teto. E o teto de 2019 foi corrigido com base na inflação estimada para o exercício anterior (2018). Com o teto, o controle de gastos se tornará mais rigoroso, pois algumas despesas crescem autonomamente (previdência, por exemplo). Assim, alguns gastos terão de ser necessariamente cortados e outros permanecerão como tal. Para que esse controle seja efetivamente possível, os governos precisam