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Mostrando postagens de junho, 2018

Lançamento do Livro - Os Leite Barbosa ( A Saga da Corretora que Revolucionou o Mercado )

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SINOPSE O mercado de capitais brasileiro é ainda pequeno proporcionalmente ao tamanho da economia do país e em comparação aos das grandes bolsas internacionais. Mas é um mercado tecnicamente sofisticado onde todas as transações são realizadas por via eletrônica, com autorregulação e fiscalização permanente. Mas nem sempre foi assim. Nos primórdios do mercado, as ações eram transacionadas nas bolsas de valores a viva-voz e títulos públicos ao portador, com valores altíssimos, eram transportados de uma instituição financeira para outra nas mãos de liquidantes. Nesse mercado ainda amador, nos anos 1950, 1960 e 1970, uma corretora se destacou, M. Marcello Leite Barbosa, criada por um entusiasmado cearense que chegou pobre ao Rio de Janeiro, adolescente, atrás de oportunidades. Por ela passaram muitas pessoas que depois viriam a se tornar notáveis no mercado. A corretora teve uma ascensão extraordinária, com resultados comparáveis aos de grandes bancos brasileiros da época. Mas sofreu, v

A viagem possível

A viagem possível Jornal do Brasil GEORGE VIDOR* Os primórdios da nossa civilização, com seus resquícios históricos, estão situados em áreas hoje muito conflagradas. Não passa, hoje, pela cabeça de ninguém visitar Síria, Iraque ou Líbia. Mesmo Líbano, Irã, Egito, Tunísia, Argélia e até Turquia envolvem certos riscos. Para Israel, cristãos e judeus vão por insistência, em busca das origens de sua fé. O Marrocos, felizmente, continua à margem dessa confusão, ainda que não tenham sido poucos os jovens de origem marroquina que se alistaram no terrível Estado Islâmico. É curioso como o Marrocos vai contornando a crise permanente no Oriente Médio e vizinhos do Norte da África. A religião muçulmana prevalece; os moazin convocam os fiéis para as rezas cinco vezes ao dia pelos alto-falantes instalados no topo dos minaretes das mesquitas espalhadas por toda a parte. A gente simples do povo anda de túnicas – que curiosamente, são de origem judaica, pois tribos vindas de Israel (Ben Israe

Prejuízo incalculável

Prejuízo incalculável Jornal do Brasil GEORGE VIDOR* Muito difícil calcular o que o país perdeu com a greve/locaute dos caminhoneiros. As estimativas se baseiam nos prejuízos de produtores de alimentos perecíveis. Mas é incalculável a perda decorrente do que deixou de ser consumido, como um todo, no período em que o transporte foi quase totalmente paralisado pelos bloqueios e pela falta de combustíveis. Perdeu-se uma significativa parcela de arrecadação pelo que não foi consumido etc. etc. etc. A economia moderna funciona no modelo “just in time”. Ninguém fica carregando imensos estoques. As linhas de produção se encadeiam umas às outras em tempo real, o que reduz custos e traz benefícios para todos os que produzem e consomem. Um processo que neutraliza movimentos especulativos, tão comuns em outras eras da economia. Os transportes são um elo importante dessa cadeia produtiva. Ninguém tem dúvida disso. A preocupação com a segurança dos caminhoneiros é uma questão que deveria me

A maldição de Aimberê

A maldição de Aimberê Jornal do Brasil GEORGE VIDOR* Quando a obra da linha 4 do metrô do Rio será concluída, estendendo-se o atual trajeto até a futura estação Gávea? Se depender da situação financeira do governo estadual, responsável pelo investimento, isso ficará para as calendas gregas. O desequilíbrio fiscal do Estado do Rio não será superado no curto prazo. Mesmo com a recuperação da receita de royalties – pelo aumento do preço e da produção de petróleo -, a arrecadação futura ficará comprometida com a folha de pagamentos dos servidores ativos, inativos e pensionistas, além das obrigações financeiras assumidas durante esse período trágico de insolvência. O estado não tem mais capacidade de endividamento. A solução seria buscar uma saída junto a investidores privados, oferecendo-se alguma coisa em troca relacionada à concessão do metrô. No entanto, tal concessão já foi estendida por um prazo mais que razoável e será difícil convencer o atual concessionário (Invepar,

Um poço de petróleo recordista

Um poço de petróleo recordista GEORGE VIDOR* ,  Jornal do Brasil 06/04 às 15h29  - Atualizada em 06/04 às 15h32 Facebook Twitter Google+ LinkedIn WhatsApp Com apenas um poço em operação numa plataforma que não será a definitiva, o Campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, atingiu um patamar de produção de 45 mil barris equivalentes de petróleo por dia. Não existe precedente no Brasil, e mesmo no exterior são raríssimos poços com esses índices de produtividade. Libra foi o primeiro campo do pré-sal a ser licitado sob o regime de partilha. Somente um consórcio se apresentou. Formado quase às pressas, o consócio teve 40% de participação da Petrobras, 20% da Shell, 20% da Total e os demais 20% divididos por duas companhias chinesas. Pela regra então vigente, a Petrobras seria forçosamente a operadora e deveria ter pelo menos 30% de participação no consórcio vencedor, qualquer que fosse ele.  Com os resultados que estavam sendo obtidos nos testes do campo de Tupi (re

Caldo de galinha e prudência não fazem mal

Caldo de galinha e prudência não fazem mal Jornal do Brasil GEORGE VIDOR* A inflação esfola; o câmbio mata. Os economistas já aprenderam isso, ao longo da História. Ainda mais para um país que não tem sua moeda ainda conversível no mercado internacional. Já se pode trocar reais por euros em Paris, Madri ou Lisboa, e também por dólares em Miami, porém a cotações bem desfavoráveis para quem deseja se desfazer da moeda brasileira. Nas cidades argentinas ou no Paraguai, o câmbio é mais favorável para o real, e não tanto em Santiago do Chile. Mas o real está muito longe de ser uma moeda conversível, embora o Brasil esteja entre as dez maiores economias do mundo. Como se dá a conversibilidade? Existe um componente de confiança que não é fácil de mensurar. Troca-se com facilidade dólares americanos, euros, ienes, francos suíços, coroas dinamarquesas, suecas e norueguesas, mas não ocorre o mesmo com o yuan chinês, o rublo russo, o real, o rande da África do Sul, a lira turca, a rúpia indi

Um estranho no ninho do ‘Jornal do Brasil’?

Jornal do Brasil GEORGE VIDOR* A maré não está mesmo para peixe, mas não acreditem nessa conversa de que somos um país predestinado ao fracasso. Isso não existe na história. A Suécia era um país pobre há 150 anos. A Finlândia era vista como o fim do mundo por seus vizinhos há 40 anos (aqueles finlandeses com cabelos tão claros tinham o estereótipo de pessoas bêbadas e perigosas, porque seriam hábeis com armas brancas). A China era um horror antes de Deng Xiaoping  – e, sob certo ponto de vista, continua muito estranha. Por que só estas terras tropicais estariam condenadas a não prosperar?  A teoria econômica não conseguiu decifrar os segredos do desenvolvimento. Com a ajuda das Ciências Sociais e Humanas, Psicologia, principalmente, às vezes identifica algumas razões. Mas será sempre falha na tentativa de configurar um modelo de verdade absoluta. No entanto, sabemos, pela experiência e comprovação prática, que existem alguns pressupostos para o desenvolvimento. Não podemos comer tod